quarta-feira, outubro 04, 2006

Antes que me acusem de ter voltado a abandonar o iguana, aqui vai mais um post:)

Acabou-se o Verão (se calhar já tinham reparado mas nunca é demais relembrar este facto tão importante!)... Esta mudança de estação tem diversas implicações, sendo que uma delas (a mudança de temperatura) acarreta a necessidade de proceder a uma das minhas actividades favoritas: COMPRAS!!!! Ok, chamem-me lá consumista ou fútil, insistam que não tenho realmente necessidade de comprar mais trapos, botas e malas, relembrem-me que deveria ser mais poupada... Não vale a pena! Continuo a adorar a sensação de estrear....

Mas em minha defesa posso argumentar que me dei ao trabalho de fazer 30 km para poupar uns euros no Freeport (facto que estraguei passadas 5 horas quanto comprei umas botas lindas e carissimas que andava a namorar há semanas na Throttleman) e que espero ansiosamente pelos descontos da La Redoute para fazer a minha encomenda megalómana... Há vicios piores!

Falando em vicios, vamos lá ao cinema. Já não tenho tempo para as análises exaustivas de cada filme que vejo mas não posso deixar de vos recomendar histericamente que vão ver o "Uma Verdade Inconveniente". Interessa a todos, garanto-vos! é uma chamada de atenção creativa e apelativa para um facto inegável: estamos a destruir a nossa casa, o nosso planeta... E não pensem que são as "balelas" habituais, são provas científicas, imagens reais, números indiscutiveis... Tudo explicado de uma forma divertida e clara, sem paternalismos nem hipocrisias pelo "ex-next-president of the USA". A não perder!

Por hoje chega, até porque está quase na hora de ir para o ar com mais um Lingo.

Até à próxima.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Yupiii!

Ou o RSS FEED está na moda ou ainda tenho um ou outro leitor (ou melhor, leitoras) que se dão ao trabalho de visitar o Iguana abandonado!!

Com pouquinho tempo hoje, aqui vão umas notas/respostas:

A Pós-Graduação é em Politica e Educação Ambiental. É coordenada pelo Santos Oliveira mas nada é perfeito :P

E quanto ao Miami Vice... Ana, Ana, então a menina não sabe pedir opinião à maninha virtual antes de ir gastar dinheiro para o cinema (ainda mais tu que gostas tanto de gastar, eheheh)? Então não se estava mesmo a ver que um filme baseado na série mais canastrona da história da TV cheirava a esturro? Não fui ver...

Já agora estou com saudadinhas e ansiosa para saber novidades das férias, vê se dizes qualquer coisa a mim, sim?

Se entretanto aparecer mais algum leitor, bienvenido!

segunda-feira, setembro 04, 2006

Olá outra vez!!!

Pois é, após quase 5 meses (o tempo passa mesmo a correr...) sem noticias, e correndo o risco de ninguém ler este post (eu também já tinha desistido de ler um blog depois desta eternidade), aqui vão umas linhas de actualização.

Começando pelo tempo em que estive desaparecida... Tenho estado a trabalhar (de forma escravizante até Julho e mais calmamente agora) numa produtora de televisão (suponho que isto seja novidade para pouca gente, mas enfim, nunca se sabe que alma desamparada pode vir parar ao iguana). Fiz a Herança (aquele concurso girissimo das noites da RTP) e agora estou dedicada ao Lingo (um passatempo ligeiro que dá em directo à tarde). E devo dizer-vos que, apesar de não estar minimamente relacionado com a minha área de formação, estou a gostar bastante e já vão longe os tempos de desmotivação total.

Quanto ao resto da minha vida, pouco mudou: os amigos são os mesmos e o namorado também (apesar de ter passado de filósofo a militar!). E agora, após umas curtas férias no calor tropical das Caraíbas, estou de volta ao trabalho cheia de vontade de ocupar o meu tempo de forma útil: vou inscrever-me no ginásio (para ver se abato de vez os quilos a mais que restam) e estarei - espero eu - a começar não tarda nada a minha pós-graduação.

Cinema, pois... cinema, como é óbvio, tenho visto muito menos. Mas também não faz mal pk é sinal de que tenho mais que fazer. De qualquer forma, e apesar de nada de muito interessante se passar actualmente na 7ºarte, aconselho o United 63, sobre o 11/9 porque apresenta uma hipótese mais ou menos viável sobre o que se passou naquele dia trágico.

E agora fico-me por aqui e vamos ver se alguém se dá ao trabalho de ler este post. Se isso acontecer, vou tentar ser mais assidua na escrita.

P.S.: Parabéns Nádia, sei que há muito que esperavas por este dia.

sábado, abril 15, 2006

Novidades!!

Já há uns dias que não escrevo... Como já devem ter reparado, de vez em quando isto acontece.

Mas desta vez há um diferença: não é a falta de motivação que me tem impedido de escrever. É a falta de tempo!!

Não imaginam a alegria que é para mim dizer que não tenho tido tempo, já tinha imensas saudades de estar ocupada.

É verdade! Estou finalmente a trabalhar! E embora não seja na minha área, estou a gostar imenso e quem sabe se não terei descoberto uma nova vocação ;)

P.S.: Fui ontem ver o tão esperado Hostel. Que tristeza...depois logo vos conto.

sábado, abril 08, 2006

Basic Instinct 2 - Instinto Fatal 2


Se há uma coisa que me enerva é quando, apesar de ter a perfeita sensação de que vai ser um desastre, eu decido ver um determinado filme.

O primeiro Instinto Fatal é um grande filme, um verdadeiro clássico do cinema de crime e um marco na carreira da Sharon Stone (aposto que toda a gente se lembra daquele famoso descruzar de pernas durante o interrogatório policial). Este segundo filme sempre me cheirou a tanga...e mesmo assim fui ver!

De qualquer forma, o filme não concretizou as minhas más expectativas. Conseguiu descer bem mais baixo!

É desinteressante, previsivel, forçado...na realidade, não consigo perceber sequer porque é que o decidiram fazer...

Nem tenho muita paciência para vos fazer o resumo, por isso aqui vai a sinopse oficial: "Michael Glass (David Morrissey) é um conceituado psiquiatra londrino que se encontra no auge da sua carreira. Quando o detective Roy Washburn (David Thewlis) pede a Glass para avaliar uma mulher sensual e deslumbrante, envolvida na misteriosa morte de uma estrela desportiva, o seu mundo desaba. A mulher em causa é Catherine Tramell (Sharon Stone), a famosa escritora norte-americana que retrata nos seus livros crimes ficcionais macabros que acabam por acontecer na vida real com uma frequência alarmante. O magnetismo entre os dois é imediato e Glass fica fascinado por Catherine. Rapidamente arrastado para um jogo de mentiras e sedução por Catherine, os instintos primários de Glass são postos à prova, enquanto as pessoas à sua volta vão sendo assassinadas. Quem está a manipular quem? Terá a pérfida Catherine Tramell encontrado um adversário à sua altura? "

Como dá para perceber, a estória repete-se com a única diferença de que em vez de um policia é um psiquiatra a vitima da manipulação de Catherine. O problema é que esta diferença ainda traz um tristeza adicional: o actorzeco David Morrissey, cuja total falta de expressão chega a ser enervante.

A única coisa menos má é a própria Sharon Stone, mais espectacular que nunca aos 48 anos, que lá consegue dar algum interesse ao filme apesar do triste guião.

Não vale a pena bater mais no ceguinho, só vos posso aconselhar a não perderem o vosso tempo e dinheiro pois é quase garantido que a menos de metade do filme já vão estar ansiosos para sair da sala. Leva umas miseras 1,5 estrelas, é mesmo estas são só para premiar a Sharon Stone.

Prime - Terapia do Amor


Acho que já disse aqui que, embora a comédia ou a comédia romãntica não sejam de todo os meus géneros favoritos, de vez em quando lá sou assaltada com a vontade de assistir a uma.

Desta vez o que me chamou a atenção foram as actrizes principais: Meryl Streep e a fantástica Uma Thurman.

O filme parte de uma premissa simples mas muito prolífera em bons momentos de humor. Rafi (Uma Thurman) é uma recém-divorciada no fim dos seus 30 que só conta com a sua terapeuta Lisa (Meryl Streep) para desabafar e é esta que a incentiva a prosseguir com um relacionamento com um homem muito mais novo...isto é, até ambas descobrirem, que o seu namorado David (Bryan Greenberg) é nada mais nada menos que o hiper protegido filho de Lisa.

Uma estória não muito original mas bem desenvolvida e com um final mais inteligente e realista que o que é costume.

É uma comédia engraçada, com alguns momentos de densidade dramática a conseguir equilibrar de forma bastante eficaz o pendor humoristico. Boas interpretações (nem outra coisa seria de esperar) e uma realização bem conseguida.

Especialmente para quem gosta do género, vale bem a pena. 4 estrelas

Ice Age: The Meltdown - A Idade do Gelo: Descongelados


Com um grande atraso, decidi tentar pôr em dia os comentários aos filmes que vi (já lá vão duas semanas e três filmes de preguiça). Nem consigo imaginar o vosso desespero ultimamente, sem saber o que fazer em frente às bilheteiras do cinema...

Enfim, delirios à parte, aqui vão os comentários, por ordem cronológica. Começo então pelo há muito esperado Ice Age 2.

Quem me conhece sabe que sou fã absoluta de desenhos animados. Sei de cor muitos dos tradicionais da Disney (com o seu expoente máximo no Rei Leão, o melhor de sempre) e estou sempre pronta para mais umas gargalhadas com as novidades da Fox, da Pixar ou da DreamWorks.

Uma vantagem dos bons desenhos animados (outro exemplo é o Shrek) é que as sequelas são geralmente tão boas como os primeiros. Em Ice Age 2, acontece exactamente isso.

Desta vez seguimos os já conhecidos Manny (o mamute), Diego (o tigre dentes-de sabre) e Sid (a preguiça) na sua jornada de fuga pois a idade do gelo está a chegar ao fim e o seu vale está ameaçado por uma terrível inundação. Pelo caminho misturam-se outros personagens que vêm acrescentar mais umas pitadas de romance e aventura.

Mas a grande melhora deste filme é a presença mais frequente do Scrat, cujo non-sense é simplesmente hilariante (trazendo à memória um dos meus personagens favoritos, o Coyote de Bip Bip).

Vale portanto muito a pena, pois têm umas gargalhadas garantidas. Para mim, 4,5 sem sombra de dúvida.

quinta-feira, abril 06, 2006

Chegou...


Não há muito a dizer...

Estou um pouco triste mas não particularmente frustrada ou chateada. Adoro o meu Glorioso mas sou capaz de ver o óbvio. Eles são claramente superiores e passar teria sido um milagre.

Confesso que no jogo cá fiquei muito mais zangada, apesar do empate. Jogámos melhor, eles jogaram pior e fomos claramente roubados pela arbitragem que, com um penálti clarissimo que ficou por assinalar, poderá ter influenciado o resultado.

Esta mão foi diferente. O Barça jogou o suficiente (sendo que esse suficiente foi o que bastou) e mereceu ganhar. Também existiram alguns erros de arbitragem com uma tendência para beneficiar o clube espanhol mas não foram tão influentes como na primeira mão e no fundo o que interessa admitir é que não foi por isso que perdemos.

De bom (ou melhor, excepcional) fica o penálti que o Moretto defendeu do grande Ronaldinho (e toda a sua prestação, pela primeira vez isenta de erros) e a entrega do Miccoli, Léu e Luisão. De pior o Beto e a sua habitual azelhice (uma das quais deu origem ao primeiro golo do Barça), a ilógica gestão do plantel feita por Koeman e a oportunidade desperdiçada pelo Simão depois de uma jogada tão perfeitamente construida pelo Miccoli.

Foi pena, mas não retira o mérito desta jornada europeia.

Para o ano há mais!

P.S.: Amigos lagartixas, lamento mas este fim-de-semana estou pelos azuis e brancos.

quarta-feira, abril 05, 2006

Será que chega ser o Melhor ??



É o melhor do Mundo. De longe.

É impossivel não gostar dele, do seu brilhantismo técnico, do seu sorriso infantil, da forma como parece desafiar as leis da fisica quando tem a bola... Ama o que faz e isso transparece!

Joga naquele que é provavelmente o melhor clube do Mundo e tem alguns dos melhores colegas do Mundo.

Mas nem sempre chega ser o melhor, também é preciso mostrá-lo na altura certa.

Mais uma vez o digo: acima de tudo espero ver um grande jogo e uma arbitragem justa (o que infelizmente não aconteceu na primeira mão). Se o Benfica passar será uma alegria indescritivel, se passar o Barça, então que seja campeão.

Será um remake de David contra Golias, mas se bem se lembram, já naquela o vencedor foi inesperado :)

FORÇA BENFICA!

P.S.: Ontem fui ver o Prime- Terapia de Amor; dois filmes em atraso...até se diria que sou uma pessoa ocupada! Tenho de pôr este blog em dia.

domingo, abril 02, 2006

Actualizações...

Não tenho andado nada inspirada para escrever... mas não morri, não se preocupem!

Quanto ao meu Benfica, reservo um post para depois do jogo em Camp Nou.

Quanto ao cinema estou com o comentário ao Ice Age 2 em atraso. Vou ver se escrevo amanha.

De qq maneira vim só deixar uma beijoca de força para uma "colega" blogueira que anda tristinha mas qe tenho a certeza (e depois desta tarde ainda mais) que rapidamente vai dar a volta por cima.

Fiquem bem!

terça-feira, março 28, 2006

Um cumprimento de campeões!


A fazer prever um grande jogo, com grande futebol e muito desportivismo. Qualquer que seja o resultado, tenho muito orgulho no meu Glorioso e muita simpatia pelo Barça.
FORÇA BENFICA, PODEMOS PASSAR ESTA FASE!

segunda-feira, março 27, 2006

Nanny McPhee - A Ama Mágica


Gosto de quase todo o tipo de cinema e a inclinação por determinado género depende essencialmente do estado de espirito no momento. Hoje pelos vistos estava possuida pela criança que há dentro de mim (sem qualquer conotação antropófaga!) e a opção recaiu em arrastar o Luis (um bocado contrariado) para ver o Nanny McPhee.

Eu gostei bastante! Aliás, comecei por gostar logo das apresentações, todas elas de filmes infantis, que me puseram a mim e à miúda de 6 anos à minha frente cheias de vontade de os ver todos de seguida; ela a pedinchar aos pais e eu ao Luis.

O filme é um tipico conto de fadas, lembrando a Mary Poppins e a Música no Coração, mas com uma pitada de humor na onda do girissimo Lemony Snicket's:a Series of Unfortunate Events. Desta vez a ama é a misteriosa e horrivelmente feia McPhee (muito bem interpretada pela Emma Thompson) que aparece para cuidar de sete pestinhas cujo terrivel comportamento já havia conseguido expulsar 17 amas. Enquanto as crianças estão a ser disciplinadas de uma forma invulgar, o pai (Colin Firth), viúvo, como não podia deixar de ser, tem de arranjar rapidamente um novo casamento que lhe garanta a continuidade da boa-vontade monetária da horrorosa Tia Adelaide (Angela Lansbury). Pelo meio ainda temos uns vislumbres de Cinderela e até um burro dançarino (há que ter em conta que acima de tudo é um filme infantil esta cena um bocado bacoca pôs os petizes a chorar a rir)

Não surpreendendo pelo argumento, o filme não deixa de ser engraçado e ternurento, conseguindo entreter adultos e crianças.

Uma boa escolha se gostarem do género. Para mim, valeu umas 3,9 estrelas.

sexta-feira, março 24, 2006

V for Vendetta- V de Vingança


Estava completamente convencida que os manos Wachowski tinham gasto todos os cartuchos de genialidade cinematográfica com o primeiro Matrix... Estava redondamente enganada!! Depois da desilusão dos dois outros filmes da trilogia protagonizada por Neo, eis que surge mais um rasgo de brilhantismo com este V for Vendetta.

Já estava com algumas expectativas adquiridas pelo trailler e pelo facto de ser protagonizado pela Natalie Portman, uma jovem actriz da qual fiquei fã desde Closer - Perto de Mais. Foram totalmente superadas!

Neste filme vislumbram-se momentos do Conde de Montecristo, um pouco do Fantasma da Ópera e talvez uns pozinhos do próprio Matrix, mas é na sua originalidade (ainda que adaptada de uma BD que desconheço) que reside a grandeza desta obra. É um filme forte, corajoso, emocinante, comovente, muito bem interpretado e com momentos esteticamente muito estimulantes.

Porque não quero revelar demais deixo-vos como resumo a sinopse oficial, retirada do site da Warner: " Na paisagem futurista de uma Inglaterra totalitária, V de Vingança conta a história de uma pacata jovem chamada Evey (Natalie Portman), que é resgatada de uma situação de vida e morte por um homem mascarado, conhecido apenas como “V”. Incomparavelmente carismático e extremamente abilidoso na arte do combate e destruição, V inicia uma revolução quando convoca seus compatriotas a erguerem-se contra a tirania e opressão. Enquanto Evey descobre a verdade sobre o misterioso passado de V, ela também descobre a verdade sobre si mesma – e emerge como uma improvável aliada na culminação do plano de V, para trazer liberdade e justiça de volta à sociedade repleta de crueldade e corrupção."

É um filme sobre uma vingança detalhadamente planeada que se transforma na libertação altruista de uma sociedade. É um filme que sai com um timing improvável, numa época em que o mundo se encontra obcecado pelo terrorismo e onde as memórias dos atentados, como o de Londres, ainda se encontram dolorosamente frescas. Mas talvez seja um bom ponto de partida para se refletir sobre o preço que estamos dispostos a pagar, enquanto sociedade, para voltarmos a ter a sensação de segurança. E se o preço for a nossa liberdade? E se a segurança vier do mesmo lado de onde vem o perigo?

Enfim, um filme que junta uma mensagem importante e pertinente com uma grande quantidade e qualidade de entretenimento... Certamente um futuro filme de culto!

4,8 PONTOS. A não perder!

P.S.: Só por pura curiosidade, a resposta àquilo que me perguntei quando saí do filme: o actor de faz de V é Hugo Weaving, o Elrond do Senhor dos Anéis

quinta-feira, março 23, 2006

Embora saiba que a mania dos blogs já começou há bastante tempo, a verdade é que só recentemente me apanhou...

Quando decidi começar a escrever o Iguana, adoptei alguns blogs (uns porque são de amigos, outros porque os fui conhecendo) como leitura diária e a diversidade temática é fascinante. Uns são divertidos, outros mais introspectivos, uns dedicam-se a assuntos especificos, outros a tudo e a nada...mas todos refletem para mundo virtual um bocadinho da intimidade de quem os escreve...

Quando passo os olhos pelos meus posts verifico que, não só a frequência com que escrevo tem vindo a diminuir consideravelmente, como ultimamente todos os meus posts são só sobre cinema ou futebol, reduzindo minha existência cibernáutica a uma escrita algo fria e impessoal.

Não é que eu queira propriamente expôr a minha vida intima na vastidão da internet, até porque as pessoas a quem ela possa interessar têm acesso e participação directa nela, mas gostava de ter mais coisas para contar, assuntos diferentes...

Escrever o blog dá-me um certo gozo, mas enquanto me sentir nesta apatia parece-me mais fácil refugiar-me nestes posts... Quando começar a variar os temas provavelmente perderei leitores, mas sinceramente não me importo, porque isso quererá dizer que voltei a ter coisas para contar.

P.S.: São 4 da manhã, peço o favor de ignorarem se este texto estiver totalmente incoerente ou despropositado. Apetecia-me escrever.

domingo, março 19, 2006

A History of Violence - Uma História de Violência


Então já estavam com saudades? Pois é, nos últimos dias o meu blog tem estado em manutenção por causa de um qualquer erro no blogger... mas parece que agora está tudo resolvido.

Grande novidade: quinta-feira não fui ao cinema!!! Calma, não se enervem, não tenho nenhuma doença terminal e o El Corte Inglés também não ardeu, simplesmente não deu por razões de força maior...

Mas fui ontem compensar a minha falta, até porque as estreias da próxima semana são muitas e prometedoras e não convém deixar "trabalho" em atraso.

O filme inspirava-me bastante curiosidade, não só pelo trailler mas também pelo realizador e actor principal. Confesso-me desde já um bocadinho desiludida...

Uma História de Violência contra-nos a estória de Tom Stall (Viggo Mortensen mais conhecido como Aragorn ou Strider do Senhor dos Anéis), o dono de um café de uma pacata cidade no Indiana. A sua calma existência é interrompida quando consegue, com uma pericia impressionante, evitar que dois sanguinários assassinos assaltassem o seu estabelecimento. De repente, transforma-se em herói nacional e a normalidade parece cada vez mais distante quando três criminosos chegam à cidade com a certeza absoluta que o conhecem. Troca de identidades? Vida dupla? (Não vos conto, toma toma)

Se eu escolhesse uma palavra para adjectivar o filme seria "explícito", demasiado explícito. Cronenberg não foge às suas caracteristicas de "rei do horror", um horror tão realista que é quase depravado. Mas também para não variar (quem não se lembra de Crash, não o vencedor do Oscar deste ano, mas aquele de 1996 onde um grupo de fetishistas tarados acha giro tentar contribuir para a continuidade da nossa espécie enquanto vê ou participa em brutais acidentes de automóveis) a crueza das imagens diz igualmente respeito às cenas de sexo, que estão no limiar do erótico.

O filme sem dúvida não deixa ninguém indiferente e a mim estava a impressionar-me pela positiva até metade... a partir daí esmorece (apesar de uma grande, embora curta, interpretação de William Hurt). Ou seja, promete mais do que aquilo que dá.

De qualquer forma, as criticas são excelentes e toda a gente tem adorado o filme. Para mim fica-se por um 3,5.

segunda-feira, março 13, 2006

Frustrações futebolisticas

Ainda no outro dia admitia que o meu Benfica tinha sido bafejado pela sorte naquela maravilhosa (e justa) vitória contra o Liverpool e hoje vou ter de voltar a falar deste factor mas pelas piores razões.

O futebol é um jogo e, como tal, uma vitória, uma derrota ou um empate muitas vezes não dependem totalmente da forma como uma equipa e o seu adversário jogaram mas também do acaso (a minha veia racional não me permite acreditar na "sorte" como destino mas sim como uma colecção de acasos e casos que favorecem alguém ou algum acontecimento).

Isto tudo para falar da minha tristeza futebolistica desta noite: como já devem saber, o meu glorioso empatou em casa com o Naval, perdendo pontos que podem ter ditado o adeus à renovação do título.

É claro que me podem dizer que o Anderson e o Marcel desperdiçaram vergonhosamente duas oportunidades clarissimas. Concordo! Mas então e os outros 22 remates à baliza (contra apenas 5 do Naval)? E o facto de termos jogado a segunda parte sempre no mesmo terço do campo? E o facto do árbitro, juntamente com o resto da sua "brilhante" prestação, não ter visto um penálti, também cristal clear ?

Se há jogos em que admito perfeitamente que perdemos por nossa culpa, neste não sou capaz de pensar assim. Foi uma frustração e uma injustiça.

Mas o futebol é assim! E eu continuo a adorar este desporto e a minha equipa.

Viva o Benfica!

sexta-feira, março 10, 2006

Fragile - Frágeis


Numa quinta-feira sem estreias muito apelativas, foi mais a força do hábito que me levou a mim e ao Luis ao cinema, quais agarrados em busca da segunda dose semanal.

Desta vez a escolha foi totalmente minha e admito que não foi das melhores. Vou confessar que acho que tenho um problema que consiste numa compulsão para ver filmes de terror mesmo sabendo que existe uma probabilidade de 99% de na melhor das hipóteses achar o filme fraquinho (geralmente a classificação vai mais para deplorável).

Pois o de ontem era só fraquinho. Uma previsivel mistura entre os filmes de terror japoneses (bahhh) e o Sixth Sense, o filme salva-se porque, apesar de todos os clichés, tem bons actores e boas interpretações. Além disso, apesar de não ser assustador, consegue provocar alguns momentos de tensão através de efeitos especiais bem conseguidos e em particular porque a estória está centrada em crianças o que geralmente ajuda a atingir o efeito.

Quanto à estória aqui vai um muito breve resumo: quando o encerramento do hospital pediátrico de Mercy Falls é adiado, Amy (Calista Flockhart/Ally McBeal) é chamada para substituir a enfermeira do turno da noite. Rapidamente, Amy se apercebe que algo de errado se passa, algo que causa medo às crianças.

Bem, fraquinho, leva só 2,5 estrelas.

Espera-nos o Barça!



O mais temido aconteceu, o Benfica terá de defrontar a fantástica equipa do Barcelona. Num sorteio para os quartos-de-final onde os adversários menos maus seriam o Arsenal ou o Villareal, o acaso ditou que nos calhasse aquela que para mim é a equipa mais forte do Mundo.

Vão ser claramente jogos muito complicados (dia 28 ou 29 de Março na Luz e 4 ou 5 de Abril em Camp Nou) mas o meu Glorioso já surpreendeu e quem o considerar eliminado à partida nestes quartos pode ter uma enorme surpresa.

E se as vitórias passadas servirem de inspiração aos nossos meninos, que se lembrem que foi diante do Barça que nos sagramos campeões pela primeira vez na época de 60/61.

Caso passemos, teremos de defrontar o Lyon ou o Inter, o que à partida quase me faz acreditar que houve uma conspiração no sorteio para tornar a vida do Benfica o mais dificil possivel. :P

De qualquer forma, qualquer que seja o resultado destes quartos, já estou neste momento muito orgulhosa do meu Glorioso e também devo confessar que vai sem dúvida ser um prazer receber no nosso campo aquela constelação de estrelas como o Messi, o Eto'o, o Deco, o Larsson e como não podia deixar de ser o melhor do Mundo, Ronaldinho.

Espero para ver (se possivel ao vivo) mas, apesar de consciente do altissimo grau de dificuldade, as minhas esperanças mantêm-se assim como o meu nível de confiança na equipa.

Força Benfica!

quinta-feira, março 09, 2006

Ninguém pára o Benfica!!


Há emoções que só que adora futebol pode experimentar.

Eu percebo que para aqueles que não vibram com o desporto rei seja dificil perceber como é que um jogo de 11 contra 11 atrás de uma bola possa gerar paixões tão fortes e, consequentemente, alegrias e tristezas de tal maneira intensas que facilmente levam alguém teoricamente racional a chorar com as vistórias e derrotas da sua equipa ou da sua selecção.

É claro que já sofri bastante com esta minha paixão e nesses momentos penso que preferia ignorar este desporto. Mas quando vivo uma noite como a de hoje esqueço completamente os desaires e sou invadida por uma onda de alegria intensa e quase infantil. E porque acho que são as emoções fortes que temperam a nossa existência fico mesmo contente por ter esta paixão (ou fanatismo, ou doença como às vezes lhe chamam) pelo meu Benfica (e pela Selecção Nacional).

Hoje foi uma noite de futebol fantástica. O Benfica fez história, não só eliminou o Liverpool, actual campeão europeu, como o fez com duas vitórias, sem sofrer nenhum golo e marcando hoje dois dos melhores golos desta Champions. E jogámos bem (sem duvida melhor que o Liverpool), com cabeça e protegidos pela sorte (mas como sabem a sorte protege os audazes).

E para aqueles adeptos de outros clubes (a minoria, já que hoje o Benfica tinha apoiantes de todas as cores clubisticas) que rogavam pragas e agoiravam o jogo, justificando a sua atitude tão pouco patriótica com um triste "quem ganha são os lampiões e não Portugal", aqui fica uma informaçãozinha: à custa do nosso apuramento para os quartos-de-final, Portugal alargou a vantagem em relação à Holanda (que conta apenas com o Ajax em prova e que terá de resolver o praticamente impossivel que é ir dia 14 ao estádio do Inter compensar um empate a dois golos em casa) e está perto de assegurar o sexto lugar no ranking da UEFA; ou seja, Portugal está a um passo de garantir dois clubes na fase de grupos da Champions de 2007/08 e mais uma equipa para a 3ª pré-eliminatória. Agora vá lá, ajoelhem-se e repitam comigo: Obrigada Glorioso!

Enfim, mais um jogo fantático e faço minhas as palavras desse grande benfiquista Xanana Gusmão depois do golaço do Simão: "Não tenho palavras, caramba....Só posso dizer GGGGOOOOOLLLLLOOOOO!"



P.S.: Porque nem tudo são rosas, esta alegria não me conseguiu fazer esquecer a tomada de posse de amanha do Sr.Silva. A minha esperança está depositada nos atiradores furtivos que vão estar presentes (só eu é que acho isto absurdo?) que talvez tenham a mesma pontaria com as armas que eu com os Oscars. Eheheh

quarta-feira, março 08, 2006

Vai uma ajudinha?

Gosto de livros com muitas páginas!

Gosto daquela sensação quando começo a ler um grande volume de que vou ter aquela companhia durante algum tempo. E quando um livro de que gosto começa a chegar ao fim, a minha velocidade de leitura tende a diminuir, como se me sentisse relutante em quebrar os laços com a estória, embora simultaneamente ansiosa por terminar, para me sentir saciada, como no fim de uma boa refeição.

A sensação de acabar um livro também é boa. Fecha-se um livro e logo se antevê a abertura de outro. É geralmente quando estou a meio de uma boa leitura que a minha atenção é despertada para outros títulos, por outras estórias... Mas eu sou fiel! E é muito muito raro não acabar um livro.

Mas agora estou uma "solteira literária", terminei uma longa relação com um belíssimo romance semi-histórico (O Historiador de Elizabeth Kostova) e todos aqueles titulos que me tentaram seduzir há uma semana atrás, não me parecem suficientemente interessantes e de alguns já não me lembro sequer o nome.

E é por isso meus amigos que venho pedir a vossa ajuda. Preciso urgentemente de companhia literária; aceito sugestões, "blind-dates" com livros descomprometidos, apresentações formais... Da minha parte prometo alguns serões bem passados :)

terça-feira, março 07, 2006

North Country - Terra Fria


Apesar de ultimamente a minha utilidade para a sociedade em geral se aproximar da de um ácaro, tenho tentado convencer-me a mim própria que pelo menos as criticas que vou deixando neste blog podem ajudar-vos, àqueles que gastam o tempo de modo produtivo, a optar por um filme quando decidem ir ao cinema. Por isso aqui vai mais um comentário.

Ontem fui ver um dos poucos filmes com nomeações que ainda não tinha assistido: o North Country da lindíssima Charlize Theron.

Não sendo um filme fabuloso ou inesquecivel, ele conta com alguns pontos relevantes a seu favor: o facto de ser baseado num caso veridico, ter boas interpretações de bons actores e passar-se em parte numa sala de tribunal (tema que eu gosto).

North Country baseia-se num importante caso passado nos EUA e que deu origem à primeira acção de assédio sexual no trabalho ganho por um grupo de mulheres trabalhadoras numa mina. Centrado em Josey Aimes (Charlize Theron), uma mulher simples que sai de casa para fugir de um marido abusivo e é admitida nas minas, um ambiente de trabalho predominantemente masculino e machista. Se por um lado este novo emprego lhe permite obter a independência financeira que sempre ambicionou, por outro ela vê-se sujeita a todo o tipo de humilhações fisicas e psicológicas dos seus colegas homens.

Apesar de todas as contrariedades e da falta de apoio das suas companheiras, ela vai ingressar numa luta aparentemente infrutífera contra a injustiça instalada e vai ver o seu passado devassado.

É uma história sobre a força de uma mulher que só queria justiça e não fazer História. Mas que fez.

Apesar de não ter ganho nada (nem era de prever) o filme teve duas nomeações justas para os Oscars (Melhor actriz principal - Charlize Theron e Melhor actriz secundária - Frances McDormand) e pode valer uma agradável noite de cinema. Dou 4 estrelas.

segunda-feira, março 06, 2006

And the Oscar went to....


Terminou há poucos minutos a 78º edição da noite dos Oscars.

Como não podia deixar de ser, decidi deixar-vos em primeira mão os vencedores.

Em primeiro lugar, deixem-me só fazer um pequeno comentário à cerimónia em si. Após uma aposta um pouco fracassada de Chris Rock para apresentador no ano passado, as expectativas eram algo elevadas no dizia respeito ao Jon Stewart, o brilhante e cáustico pivot do The Daily Show. Confesso que esperava um bocadinho mais porque, à excepção de algumas boas "piadolas", a prestação em geral foi pouco mais que mediana, não destoando muito da cerimónia em si, que não foi das melhores. O Billy Crystal é o senhor Oscar, sem dúvida nenhuma!

Num ano com grandes filmes e algumas prestações brilhantes, a cerimónia foi fraquinha, talvez em parte porque as partes musicais (ou seja, as musicas nomeadas para melhor canção) eram de qualidade muito duvidosa (faltaram os grandes clássicos Disney!). De salientar as prestações de Ben Stiller, Will Smith, George Clooney, do queridissimo Jamie Foxx, da Reese Witherspoon (que fez o discurso mais bonito da noite), do talentoso Tom Hanks e do grande Jack Nicholson que ajudaram a temperar um pouco uma noite muito sensaborona.

Quanto aos vencedores, tal como seria de esperar a minha pontaria foi bastante fraca. É-me geralmente dificil perceber algumas escolhas dos "entendidos" mas enfim...quem sou eu para discordar... De qualquer forma as surpresas foram poucas apesar de uma delas muito inesperada.

Aqui vão os vencedores:


Best Motion Picture of the Year
Crash (a enormissima surpresa da noite. Para mim o segundo melhor filme do ano a seguir ao Capote e pr isso uma escolhamais justa que o Brokeback Mountain))

Best Performance by an Actor in a Leading Role
Philip Seymour Hoffman pelo Capote (e nem podia ser outro!)

Best Performance by an Actress in a Leading Role
Reese Witherspoon pelo Walk the Line (justo e sem surpresas)

Best Performance by an Actor in a Supporting Role
George Clooney pelo Syriana (era o favorito mas nem percebo a nomeação porque nem acho que ele seja secundário no filme. A minha aposta ia para o Jake Gyllenhaal e a preferência para o Paul Giamatti)

Best Performance by an Actress in a Supporting Role
Rachel Weisz pelo The Constant Gardener (embora não fosse a minha aposta era a minha favorita)

Best Achievement in Directing
Ang Lee por Brokeback Mountain (sem surpresas)

Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen
Crash (era a minha aposta e seria justo se não fizesse com que o Match Point saisse esquecido destes Oscars)

Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published
Brokeback Mountain (previsivel mas injusto. Se alguém leu o The Constant Gardener do Le Carré, provavelmente concordará comigo)

Best Achievement in Cinematography
Memoirs of a Geisha (mas como é que é possivel não considerar que o Good Night, and Good Luck tem a melhor fotografia??!!??)

Best Achievement in Editing
Crash (aqui estava muito dividida entre este e o The Constant Gardener)

Best Achievement in Art Direction
Memoirs of a Geisha (previsivelmente)

Best Achievement in Costume Design
Memoirs of a Geisha (idem)

Best Achievement in Music Written for Motion Pictures,Original Score
Brokeback Mountain (a minha aposta e preferência ia para Memoirs of a Geisha)

Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song
"It's hard out here for a pimp" do Hustle and Flow (se as outras musicas não eram boas esta era indiscutivelmente péssima)

Best Achievement in Makeup
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (claramente o melhor)

Best Achievement in Sound Mixing
King Kong (grande injustiça para o Walk the Line)

Best Achievement in Sound Editing
King Kong (está justo)

Best Achievement in Visual Effects
King Kong (está muito justo)

Best Animated Feature Film of the Year
Wallace and Gromit in the Curse of the Were-Rabbit (já se previa mas fico com pena pelo Corpse Bride)

Best Foreign Language Film of the Year
Tsotsi (foi mais fácil do que dar a estatueta ao favoritissimo Paradise Now, cuja nomeação já tinha causado demasiada polémica por ser palestiniano)

Best Documentary, Features
La Marche de l'empereur (era mais que óbvio)

Best Documentary, Short Subjects
A Note of Triumph: The Golden age of Norman Corwin (uma das poucas surpresas já que o favorito era o God Sleeps in Rwanda)

Best Short Film, Animated
The Moon and the Son: an Imagined Conversation (não era o favorito nem a minha escolha mas também foi ao calhas porque não vi nenhum...)

Best Short Film, Live Action
Six Shooter (idem aspas)


Resumidamente, os Oscars ficaram muito divididos entre quatro filmes (3 para cada um): Memoirs of a Geisha (nas categorias artisticas), King Kong (nas categorias técnicas), Brokeback Mountain (talvez o derrotado da noite, pois era o mais nomeado) e Crash (justamente recompensado).

De mão a abanar sairam Munich e Good Night, and Good Luck.

Para o ano há mais!

sábado, março 04, 2006

As Minhas Apostas para os Oscars

A um dia da grande noite dos Oscars, aqui vão as minhas apostas (no caso de a minha preferência não coincidir com quem eu acho que vai ganhar eu especifico). Digam-me as vossas apostas:

Best Motion Picture of the Year
Brokeback Mountain mas preferia o Capote

Best Performance by an Actor in a Leading Role
Philip Seymour Hoffman em Capote

Best Performance by an Actress in a Leading Role
Reese Witherspoon em Walk the Line

Best Performance by an Actor in a Supporting Role
Jake Gyllenhaal em Brokeback Mountain mas preferia Paul Giamatti em Cinderella Man

Best Performance by an Actress in a Supporting Role
Michelle Williams em Brokeback Mountain mas preferia Rachel Weisz em Constant Gardener

Best Achievement in Directing
Ang Lee por Brokeback Mountain mas preferia Steven Spielberg por Munich

Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen
Crash mas preferia o Match Point

Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published
Brokeback Mountain mas preferia The Constant Gardener

Best Achievement in Cinematography
Good Night, and Good Luck.

Best Achievement in Editing
The Constant Gardener

Best Achievement in Art Direction
Memoirs of a Geisha

Best Achievement in Costume Design
Memoirs of a Geisha mas preferia Charlie and the Chocolate Factory

Best Achievement in Music Written for Motion Pictures,Original Score
Memoirs of a Geisha

Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song
Crash (2004) - Michael Becker, Kathleen York ("In the Deep")

Best Achievement in Makeup
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe

Best Achievement in Sound
Walk the Line

Best Achievement in Sound Editing
King Kong

Best Achievement in Visual Effects
King Kong

Best Animated Feature Film of the Year
Wallace & Gromit in The Curse of the Were-Rabbit mas preferia Corpse Bride

Best Foreign Language Film of the Year
Paradise Now (2005) - Hany Abu-Assad (Palestine)

Best Documentary, Features
Marche de l'empereur, La

Best Documentary, Short Subjects
God Sleeps in Rwanda (2005)

Best Short Film, Animated
The Mysterious Geographic Explorations of Jasper Morello (2005) - Anthony Lucas

Best Short Film, Live Action
Ausreißer

Good Night, and Good Luck - Boa Noite, e Boa Sorte


E já está, terminei na quinta-feira a minha epopeia "oscariana"! Ou seja, vi todos os principais nomeados, embora, com alguma pena, ainda tenha tido tempo (nem vou ter antes de Domingo) de ver alguns que já estrearam (North Country, Transamerica e Mrs. Henderson presents).

A minha ultima sessão cinematográfica (não por ter escolhido esta ordem mas por contingências das sempre atrasadissimas estreias portuguesas) foi o Good Night, and Good Luck do George Clooney. Este filme está nomeado para 6 Oscars (Melhor Filme, Melhor Realizador (George Clooney), Melhor Direcção Artistica (James D. Bissell e Jan Pascale), Melhor Actor Principal (David Strathairn) , Melhor Edição (Robert Elswit) e Melhor Argumento Original (George Clooney e Grant Heslov)) mas tenho sérias duvidas que vá ultrapassar a concorrência nalguma categoria, não só porque não tem conseguido vencer nalgumas das principais entregas de prémios mas também porque os outros concorrentes são realmente de peso. Se realmente ganhar algum prémio desconfio que será o de Melhor Edição, se conseguir ultrapassar surpreendentemente o Fiel Jardineiro.

De qualquer forma será uma pena que este filme passe esquecido na cerimónia pois eu gostei imenso e parece-me que, de uma forma subtil, é mais uma prova da militância de Clooney contra a governação Bush, atitude que eu aprovo totalmente.

Para quem está esquecido, aqui vai um pouco de História (desta vez de letra maiúscula porque me quero mesmo referir à realidade passada): na América dos anos 50, a mesma que assistia aos primordios do jornalismo televisivo, vivia-se num paranóico terror anti-comunista, aproveitado de forma inquisitória pelo Senador McCarthy naquilo que ficou conhecida como a "caça às bruxas". Neste ambiente onde a delação era enobrecida e as vidas profissionais e familiares das pessoas destruidas sem o minimo pudor, aparece uma equipa da CBS, encabeçada pelo jornalista Edward Murrow (muito bem conseguido pelo David Strathairn), que tem a coragem de reclamar para si a liberdade de expressão e expôr os métodos ditatoriais utilizados pelo senador. Com essa coragem vem também a aceitação das inevitáveis consequências.

O filme é todo a preto e branco manchado pelo cinzento do fumo constante que sai dos cigarros dos actores. Este facto, para além de dar mais credibilidade histórica ao filme, foi necessário pois são incluidas ao longo da estória diversas imagens de arquivo (no que diz respeito ao senador, não existe nenhum actor e todas as imagens representam o próprio McCarthy).

Porque me surpreendeu positivamente e é realmente um bom filme, dou 4,6.

sexta-feira, março 03, 2006

Parabéns Nuno!

Nos últimos dias os meus dentes do siso começaram a dar sinal de vida (de vez em quando dá-lhes para isso...) e o lado esquerdo da minha cara tornou-se parecido com o de um hamster. E como se não bastasse o mau aspecto com que tenho andado, ainda tenho de me encharcar em Nimed porque, caso contrário, tenho a sensação que o Jack, o estripador decidiu dedicar-se exclusivamente ao maxilar inferior...

Bem, mas agora até já estou melhor e este post serve principalmente para compensar uma determinada pessoa por não ter feito nenhuma referência ao seu aniversário na quarta-feira.

Pois é, o meu irmão mais novo (e único) fez 22 anos e ficou muito ofendido por não ter tido direito a nenhum post. Mas mais vale tarde que nunca, não é miúdo?

Pois aqui fica um beijinho de parabéns pk apesar de sportinguista, vaidoso, resmungão, teimoso, infantil, descuidado, etc, etc, és, quando queres uma pessoa muito especial e com muito bom coração.

Espero que este ano te traga muitos sucessos e que a maré de azar profissional acalme finalmente.

Espero que tenhas ficado mais contentinho c o facto de já teres um post com o teu nome no titulo. Beijinhos

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Glorioso 1 - 0 Dragõezitos


Não foi um grande jogo, muito menos um futebol bonito e limpo. Mas valeu pelo resultado e porque este foi mais que merecido.

Viva o meu Glorioso!

domingo, fevereiro 26, 2006

Frida no CCB


Sexta-feira fui com a Lara ver a exposição sobre a vida e a obra da Frida Kahlo no Centro Cultural de Belém. Até Maio vão estar expostas as 26 obras do Museu Dolores Olmedo, no México, que constituem a mais importante colecção mundial desta pintora mexicana.

A pintura de Frida é controversa e muito autobiografica mas dificilmente deixará alguém indiferente. Chegando a ser identificada com a corrente do Surrealismo, Kahlo não aceitou o rótulo. "Pensaram que eu era Surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade", disse um dia.

A exposição está dividida em 4 partes, desde o seu nascimento (1907) até à sua morte (1954) e é completada por fotografias e explicações sobre a sua vida conturbada e pautada pelo sofrimento.

Ao fim-de-semana, pelo preço do ingresso (2,5 euros para cartão jovem ou estudante) ainda há direito a uma visita guiada, pelo que penso voltar lá brevemente. Se tiverem tempo, aproveitem para dar lá um salto também porque esta poderá ser das poucas oportunidades (ou a única) que terão de ver esta tão importante colecção.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Capote



Genial! Não tenho outra palavra para classificar este filme.

Embora já estivesse à espera de ver uma boa história e uma boa interpretação, saí do cinema completamente rendida... Inesperadamente este Capote entrou para a minha reduzida lista de "Os meus filmes favoritos"!

Embora nomeado para 5 Oscars (Melhor Filme, Melhor realizador - Bennett Miller, Melhor actriz secundária - Catherine Keener, Melhor argumento adaptado e, claro, Melhor Actor principal - Philip Seymour Hoffman) este filme ficar-se-á muito provavelmente por apenas um (o de melhor actor), o que apesar de injusto, pode ser de certa foma compensado pelo facto de entretanto já ter ganho 28 das outras 54 nomeações para prémios.

Este é um filme sobre Truman Capote, um excêntrico e famoso escritor dos anos 50 e 60, cujos mais conhecidos livros são o "Breakfast at Tiffany's" e o "In Cold Blood". É precisamente a sua investigação para este último livro que o filme retrata. Em 1959, Truman lê uma noticia sobre o assassinato de uma familia de 4 numa pequena terra chamada Halcomb no Kansas. Com a intenção de escrever um artigo para o jornal The New Yorker, Capote viaja para Halcomb acompanhado da sua amiga Harper Lee (Catherine Keener). Após a captura dos dois assassinos, Capote decide transformar o artigo naquilo que ele considerava vir a ser a obra literária da sua vida, e é com esse objectivo que se vai envolver profundamente com esta história e principalmente com um dos suspeitos, Perry Smith (Clifton Collins Jr.), com quem Capote se indentifica. Em Capote começa a criar-se um profundo e perturbado conflicto interior entre a compaixão e a vontade de ajudar Perry e o desejo de terminar o seu livro, sabendo que, para tal, ambos os assassinos têm de ser executados.

Sem grandes surpresas no argumento, o brilhantismo deste filme está na realização e nos personagens, particularmente em Truman Capote, cuja interpretação por Seymour Hoffman é pura e simplesmente (e na minha opinião surpreendentemente) genial. É sem dúvida a melhor interpretação do ano e muito provavelmente o papel da vida de Hoffman.

Dou-lhe uma pontuação de 4,8 (a mais alta até agora) e só posso recomendar-vos que não o percam.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Walk the Line


Não é que me esteja propriamente a queixar, mas as minhas escolhas entre os nomeados estão a ficar cada vez mais complexas!!

Quinta-feira fui ver o Walk the Line de James Mangold (o mesmo que realizou o fantástico Girl, Interrupted que catapultou a jeitosa da Angelina Jolie para o estrelato) e adorei tudo: a história, as interpretações, as músicas...

Este filme está nomeado para os Oscars nas categorias de Melhor Actor Principal (Joaquin Phoenix), Melhor Actriz Principal (Reese Whitherspoon), Som, Edição e Guarda-roupa. E falando em prémios, quem é que diria que a aparentemente barbie burrinha de Legally Blonde não só não é assim tão barbie, de burra não tem nada e sabe representar e muito bem?

Esta menina já ganhou nada mais nada menos que 10 prémios (basicamente todos para que foi nomeada) pela sua "fantabulástica" interpretação de June Carter, entre os quais os muito importantes (e premonitórios no que diz respeito aos Oscars) Screen Actors Guild Award, New York Film Critics Circle Award, National Society of Film Critics Award, Globo de Ouro e BAFTA.

Para quem não sabe, o filme conta a história de Johnny Cash, da sua infância infeliz no Arkansas, da sua subida meteórica na Sun Records em Memphis onde gravou e actuou ao lado de nomes como Elvis Presley, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis e principalmente do seu amor por June Carter, uma cantora de sucesso da época. Quem gostou de Ray no ano passado vai de certeza adorar este também. Só é pena que, tal como em Ray, os principais homenageados (ou seja, os verdadeiros John Cash e June Carter, tenham morrido sem ver os actores que eles próprios escolheram para os interpretar a fazerem um trabalho tão fantástico.

Por ter realmente gostado imenso, especialmente das interpretações de Phoenix e de Witherspoon (que para fazer o papel aprenderam a tocar e a cantar), dou 4,7 estrelas.

Amanhã conto-vos do Capote que espero ir ver hoje!

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Uma noite Gloriosa!!!


Não tenho muito tempo por isso faço o comentário ao Walk the Line depois, mas não resisti a vir cá deixar um post de homenagem ao meu glorioso.

Quando já me tinha conformado em ver o jogo na televisão, surgiram miraculosamente dois bilhetinhos...e foi tão bom poder assistir ao vivo aos meus meninos a baterem o pé ao excesso de confiança dos ingleses, mostrando que realmente somos uma grande equipa, com jogadores fabulosos (à excepção daquele inútil que se arrasta no relvado e que dá pelo nome de Beto) e que podiamos ganhar.

E ganhámos!!!

E se na primeira parte as duas equipas andaram a medir forças sem se deixarem jogar mutuamente, na segunda o Benfica foi claramente superior, encostou o Liverpool e obrigou-os a tentar o contra-ataque como única forma de chegar (geralmente sem qualquer perigo) perto da nossa baliza.

Grandes destaques para o Léo, para o Robert, para o Karagounis e para a cabeçinha de ouro do Luisão!

Obrigada Benfica por mais uma noite inesquecível e vamos para a segunda mão a jogar para ganhar, só tenho pena de poder estar lá para ver!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Parabéns Sofia!

Nunca fui daquelas pessoas que têm milhões de amigos. Durante a minha vida houve diversas pessoas que me marcaram de uma ou outra forma, algumas até foram durante algum tempo muito importantes para mim, mas depois, por contingências das escolhas que fizemos, se tornaram apenas em referências do passado. Às vezes vejo-me a cumprimentar com uma cerimónia de desconhecidos pessoas que em determinada altura foram minhas confidentes e cuja presença constante na minha vida eu tomava como um dado adquirido... Talvez seja parte natural do crescimento a redução, ainda que por vezes involuntária, do nosso circulo de amigos.

É por estas razões que fico feliz quando, como ontem, um jantar entre pessoas que se conhecem há menos de cinco meses se transforma numa confraternização alegre e natural, perspectivando-se que naquele grupo nasçam algumas amizades "daquelas que ficam".

Mas entre amigos que chegam e partem, tenho a sorte de ter ao pé de mim um grupo de pessoas que ficam sempre e quase desde sempre. Não são muitos, mas os meus amigos são "`a séria", para o que der e vier e é neles que me apoio.

E como é óbvio, falar de amigos sem falar de ti é absurdo. Não sei bem o que é que nos liga, porque na realidade somos tão diferentes em tanta coisa... mas se calhar é por isso mesmo, porque de certa forma nos completamos, por seres das poucas pessoas a quem dou ouvidos quando preciso de ser chamada à realidade. E também é por seres tão importante que exijo tanto de ti e que nos zangamos (para voltar a estar tudo bem quando nos passa a parvoeira). Dos melhores exige-se a perfeição e tu estás no topo miúda!

E mais de uma década depois só me resta dizer-te que não tens grandes hipóteses de te livrares de mim, és demasiado importante para me dar ao luxo de te perder. Admiro-te por tanta coisa que se me pusesse a enumerá-las este post mais pareceria uma declaração de amor (e somos ambas comprometidas, nem parecia bem ;) ).

Para acabar deixo-te com uma definição gira que encontrei de amizade. É tão simples e tão certa (apesar de um bocado pirosa, eheh).

Beijinhos e parabéns. Adoro-te!

sábado, fevereiro 18, 2006

Syriana


Ontem impunha-se uma dúvida cruel: escolher entre Syriana (nomeado para Melhor Actor Secundário (George Clooney) e Melhor Argumento original) e Walk the Line (Melhor Actor Principal (Joaquin Phoenix), Melhor Actriz Principal (Reese Witherspoon), Melhor Montagem, Melhor Guarda-roupa e Melhor Som).

Como a minha indecisão já me estava a causar urticária e falta de ar, deixei a escolha totalmente ao critério do Luis que optou, como já devem ter percebido, pelo primeiro.

Vou ser sincera: é um filme bastante dificil de seguir e de se perceber, requerendo uma atenção permanente aos pormenores do argumento e também algum conhecimento anterior da temática em causa para se acompanhar. Mas não deixa de ser um grande filme!

Preparem-se para um (muito) complexo thriller politico, onde o percurso de quatro personagens serpenteia por entre as malhas da corrupção que envolve o negócio petrolífero. Temos Bob Barnes (George Clooney), um agente da CIA em fim de carreira que recebe como missão final matar Nasir, o mais velho de dois principes de um pais do Golfo produtor de petróleo, mas que inesperadamente descobre as verdadeiras razões por detrás da sua teórica luta anti-terrorista. Depois há Bryan Woodman (Matt Damon) um corporativo que, depois de perder um filho tragicamente, se deixa seduzir pelas ideias revolucionárias de Nasir cujo principal objectivo é dar dignidade ao seu próprio país e liberalizar a venda do petróleo (o que significaria retirar a prioridade de compra ao USA e simplesmente dar o direito de exploração ao pais que pagar mais, neste caso a China). Seguimos também a percurso de um jovem paquistanês, que depois de dispensado da plataforma onde trabalhava, se envolve com um carizmático lider terrorista e finalmente Bennett Holiday (Jeffrey Wright) um intermediário na fusão milionária de duas companhias petroliferas americanas que controlarão toda a produção do Kasaquistão e possivelmente de todo o Golfo...isto se Nassir não for escolhido pelo pai como novo Emir, questão para a qual contam com uma "ajudinha" da CIA.

Confusos? Pois não consigo resumir o filme de forma mais simples pois o enredo é realmente complexo. O meu conselho é que o vão ver com atenção e depois tirem as vossas próprias conclusões (se calhar também pode ser que eu é que não seja muito perspicaz e o filme até seja básico, lol).

Aproveito para vos deixar algumas infos extra (e de graça!). George Clooney (proprietário, juntamente com Steven Soderbergh, da Section Eight, a produtora independente do filme) passou "as passinhas do Algarve" (que linda expressão!) para fazer este papel. Para além de ter engordado cerca de 13 quilos em menos de dois meses (proeza conseguida à custa de 9 refeições diárias e vários litros de cerveja), ele sofreu um acidente durante uma das cenas do filme (para não vos estragar a surpresa digo-vos só "unhas" e tenho a certeza que quando o virem identificam imediatamente a cena) em que bateu com a cabeça e lesionou gravemente a cobertura da coluna em diversos sitios o que o levou a expelir liquido espinal pelo nariz e a ter violentissimas dores de cabeça e perdas de memória. Após ser operado mais do que uma vez parece que o problema está mais ou menos resolvido mas anda tem enxaquecas diárias.

Não sei se este pormenor tem algum interesse mas pode ser que vos convença a ir ver o filme por compaixão do pobre "Georginho" e já agora também porque ele é um dos mais acérrimos activistas contra as politicas terroristas do Bush, tanto que diversos conservadores já pediram para boicotarem o filme.

Bem, já escrevi um testamento, resta-me só recomendar-vos mais esta ida ao cinema e dar 4,6 ao Syriana.

P.S.: Será que ninguém que lê o meu blog vai ao cine??? Pk é q nunca tenho opiniões sobre os filmes que comento? Seus preguiçosos!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Brokeback Mountain - O Segredo de Brokeback Mountain


Depois de alguns dias de inércia "bloguiana", aqui estou eu outra vez para vos dar mais uma opinião cinematográfica (até porque hoje vou ver outro e não me apetece acumular comentários por fazer).

Brokeback Mountain é mais um dos candidatos aos Oscars, aliás é o grande candidato - 8 nomeações - e em algumas dessas categorias já ganhou os Globos de Ouro ( Melhor filme, Melhor actor principal (Heath Ledger), Melhor actor secundário (Jake Gyllenhaal), Melhor actriz secundaria (Michelle Williams), Melhor realização (Ang Lee), Melhor argumento adaptado, Melhor fotografia e Melhor banda sonora).

Com tantas e tão importantes nomeações as minhas expectativas eram muito elevadas, talvez elevadas de mais... Não é que não tenha gostado do filme, mas sai da sala um bocadinho com aquela sensação do "soube-me a pouco".

Também não quero ser injusta: o filme é bom e as interpretações principais realmente fabulosas, por isso deixem de lado a denominação de "filme de cowboys bichas" e entrem na sala de mente aberta porque podem sair de lá com uma agradável surpresa.

O filme não é mais do que uma história de um amor impossível. Duas pessoas irremediavelmente apaixonadas e que prolongam durante anos um relacionamento escondido, proíbido e altamente condenável segundo os padrões da sociedade onde vivem (será que as coisas mudaram assim tanto actualmente?).

E sim, um dos personagens - Jack- é realmente homossexual (mas não bicha), sente-se atraido por homens e a necessidade de acalmar o seu desejo leva-o a procurar mais parceiros. Mas depois temos Ennis, um homem solitário e triste, cuja infância foi marcada pela morte dos pais e pela visão opressiva do corpo de um homossexual torturado e morto como castigo pela sua orientação "pecaminosa". Ennis não é homossexual e não teria tido nenhum relacionamento gay se "aquele Verão" nunca tivesse ocorrido; Ennis apaixona-se por Jack, vê nele a sua alma gémea, a única pessoa que consegue passar além da sua máscara de durão, o único que o compreende e que o ama só porque sim. Mas Ennis não consegue aceitar os seus sentimentos, sente-se perseguido pela culpa, odeia o seu amor por Jack e tenta desesperadamente livrar-se da sua paixão, do seu vicio... Mas se o amor fosse racional ou sequer opcional, não era amor...

O realizador Ang Lee volta a surpreender e no meio de tanta diversidade temática e variedade qualitativa (Hulk, O Tigre e o Dragão e Sensibilidade e Bom senso, por exemplo) é cada vez mais dificil categoriza-lo num estilo cinematográfico...

Quanto ao filme, não considero o melhor do ano em termos globais mas posso admitir pergeitamente essa classificação no que diz respeito às interpretações e à fotografia. Dou-lhe 4,2 e fico a aguardar com alguma curiosidade em relação aos próximos filmes do Heath Hedger porque desconfio que temos mais um caso de "menino bonito" que vira grande actor.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Talvez seja...

Já lá vão uns dias desde os últimos posts e, apesar de não ter recebido propriamente alguma manisfestação de desespero por parte de alguém, sinto-me quase na obrigação de me justificar (quanto mais não seja a mim mesma). A verdade é que nem é falta de tema (já lá vão 5 dias desde que fui ver o Brokeback Mountain e até podia já ter comentado o filme), acho que é mesmo pura e simples falta de motivação...

Pensando bem, acho que este sentimento não se refere só ao blog (cuja continuação tenho posto seriamente em causa), mas a muitos aspectos da minha vida. Talvez seja da cansantiva e infrutifera busca de emprego, talvez seja do meu fútil descontentamento com a minha aparência exterior, talvez seja por andar um bocado desiludida com algumas pessoas, talvez seja porque as minhas fraquezas estão a revelar-se contra a minha vontade, talvez seja porque tenho andado adoentada...provavelmente não é nada disto, ou é isto tudo junto...

Se calhar vou deixar passar mais uns dias até me sentir mais animada, até conseguir pôr algumas situações em perspectiva e conseguir sentir aquilo que racionalmente eu sei que é verdade: não tenho assim tantas razões para estas pseudo-depressões parvas.

Até à próxima!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Il Gattopardo - O leopardo



Houve uma época em que o valor de um filme não passava pelos efeitos especiais ou pelas manobras técnicas na montagem. Nessa época, a câmara limitava-se a registar a performance dos actores e o que fazia um bom filme era só a qualidade dos mesmos e do argumento. O Il Gattopardo de Luchino Visconti (1963) é um desses filmes e é presença obrigatória em qualquer lista de "melhores filmes da história do cinema".

Para comemorar os 100 anos do nascimento de Visconti, o cinema Nimas pôs em cartaz uma nova cópia deste clássico, com som e imagem melhorada. Ontem fui ver e apesar de a sala só ter gente cuja idade era superior à soma da minha idade com a do luis, de dois respeitáveis senhores quase se terem pegado à pancada no inicio (confesso que, na minha malvadez, estava cheia de vontade de assistir a uma cena de kick-boxing caquético com bengalas à mistura...mas nada aconteceu) e de, apesar de ter 3 horas, o filme não ter intervalo (o que se revelou evidentemente excessivo para as bexigas maduras dos nossos companheiros de sala que, não só saiam de 10 em 10 minutos, como num final foram em passo de corrida fazer fila para a porta da casa de banho), adorei!

É de facto um tipo de cinema diferente, quase "livresco", em que as personagens são cativantes e profundas e o argumento dificil mas tão simples ao mesmo tempo.

Il gattopardo tem como pano de fundo a Sicília, em 1860, numa altura em que era dominada pelo ramo espanhol dos Bourbons. O Príncipe de Salina, Don Fabrizio (Burt Lancaster), é um aristocrata que tenta manter o anterior modo de vida, apesar dos tempos de mudança. Quando começa a perceber que o movimento de unificação de Itália, iniciado por Garibaldi, vai alterar de forma definitiva a estrutura do poder dominante na Sicília e na aristocracia local, ele fica preocupado. A ascensão da burguesia é encarada por si como uma ameaça ao seu modo de vida, e numa espécie de tentativa de manter acesa a chama do antigo regime, o aristocrata incentiva, em deterimento da sua filha, o casamento do seu sobrinho Tancredo (Alain Delon) com Angélica (Claudia Cardinale), filha de um rico e influente administrador de propriedades e cuja beleza também não o deixa indiferente.

O filme é uma daquelas obras essenciais para qualquer cinéfilo que se preze (lol) e vale a pena aproveitar a reposição e dar um saltinho ao Nimas. A minha avaliação é 4,7.

Mais uma vez não me expressei bem: o factor c reformulado

Depois de uma conversa com um amigo e de reler o post que coloquei ontem, estou convencida que não me espressei bem e que pelos vistos, as interpretações do que eu disse podem ser bastante negativas...

A verdade é que eu condeno o recrutamento pela cunha, ou seja, não me parece uma forma justa de uma entidade empregadora escolher um colaborador. Mas não condeno que se recorra à cunha para se conseguir uma entrevista ou mesmo um emprego e também não quero dizer que alguém que é chamado para uma entrevista ou que consegue um emprego através de conhecimentos não possa ser tão bom como os outros ou mesmo o melhor candidato. A minha questão é que, se esse é realmente o melhor candidato, então seria escolhido de qualquer das formas, e que este método não permite por vezes sequer que outras pessoas possam tentar mostrar o que valem.

Também me foi chamado a atenção para o facto de eu já ter usufruido de conhecimentos, nomeadamente na obtenção de um estágio curricular e na cena do Tiago Monteiro. É verdade. Mas para mim diferente: no primeiro, o facto de uma empresa ter aceite que eu lá fizesse um estágio não remunerado não retirou a hipótese a ninguém, ou seja, não havia candidatos pk eles não estavam à procura de ninguém, foi um favor para poder fazer aquela cadeira; em relação à segunda, eu tb participei no concurso mas admito que provavelmente fui seleccionada pelo cargo que o meu pai tem, mas não consigo comparar uma volta de carro no Estoril a um emprego.

No fundo, o meu post só pretendia ser um desabafo. Sempre achei que as minhas capacidades eram suficientes para atingir os meus objectivos sem precisar de "batotas" e agora vejo que não é bem assim. Gostava de quando conseguisse um emprego estivesse 100% segura de que se deveu apenas à avaliação feita do meu perfil, mas é provavelmente um bocado parvo.

Conheço quem usufrua de algumas cunhas (não vou dizer nomes mas as pessoas sabem que estou a falar c elas) e queria dizer que, nem por um momento quis pôr em causa as vossas capacidades, nem insinuar que se eu tivesse oportunidade seria melhor, nem tão pouco criticar minimamente que aproveitem todas as hipóteses. A minha desilusão e tristeza são estritamente pessoais por só agora ter caido na realidade. Tenho a certeza que, se não existisse esta injustiça das cunhas, as pessoas de quem falo arranjariam na mesma entrevistas e emprego, quem sabe até melhores (pois nos melhores tb há outras cunhas).

Espero desta vez ter-me expressado melhor. Não queria magoar nem ofender ninguem e muito menos dar uma de reprovadora ou superior.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

O factor C

Será que ainda existe algum emprego neste país para o qual os candidatos sejam chamados e avaliados pelas suas capacidades sem ter em conta o factor "c"?

Porque é que em vez de me sentir integra me sinto cada vez mais estupida por não querer ser escolhida só porque conheço x ou y, mas sim porque acho que tenho capacidades?

Se calhar em vez de ter estudado quase 18 anos a minha vida, devia era ter frequentado mais festas e cruzeiros para aumentar o meu circulo de potênciais cunhas...

domingo, fevereiro 05, 2006

Escolha acertada


Não reconheço a sensatez como a minha maior qualidade mas confesso que estou orgulhosa da escolha acertada que fiz ontem. Passo a explicar: após a vergonha do fim-de-semana passado estava na duvida sobre o que haveria de fazer em relação ao jogo de ontem; por um lado queria ver o jogo, mostrar que apesar de tudo estava ao lado nos nossos jogadores, e que estava plenamente confiante de que a humilhação passada seria naturalmente ultrapassada neste sábado; por outro, algo me dizia que não ia ser bem assim, a minha confiança nos meus meninos, geralmente perto dos 100%, estava muito por baixo e só me apetecia fazer "greve" ao jogo. Tomei a decisão acertada e quanto ao jogo não tenho nada a comentar porque não vi, não quero ver e apenas ouvi uns minutos no mp3 quando por momentos me foi impossivel resistir à tentação.

Mas a minha "sensatez" não só me poupou apenas alguns desgostos como fez disfrutar de uma noite soberba. Para dizer a verdade o dia já tinha sido bastante agradável: um cafezinho à beira mar na companhia do "bixu" e uma visita aos meus tios para ver a ninhada de cachorrinhos bassethound que são as coisinhas mais amorosas do mundo :) Depois, um jantar calminho no Amo-te Chiado com o Luis e a Sofia, a preceder um fantástico concerto da Jacinta no S.Luiz.

Para quem não conhece (será que alguém ainda não conhece?), a Jacinta é uma cantora de Jazz, com raizes na musica clássica e estudos de piano, cuja voz quente apaixonou nos Estados Unidos antes de, em 2001, começar a ganhar seguidores em Portugal. É ver e ouvir para crer, a sua presença em palco é confiante e simpática, estilo ajudado pelo ambiente intimista do Jardim de Inverno do S.Luiz, e o repertório fascinante.

Para estes concertos, denominados Jacinta canta Brasil, a cantora escolheu essencialmente dois compositores brasileiros de entre os seus favoritos: Djavan ("Aquele um", "Alagoas", "Êxtase", "A ilha" e "Jogral") e Tom Jobim ("Luísa", "Retrato em branco e preto", "Insensatez", "Garota de Ipanema" e "Chega de saudade"). Além destes dois autores, escolheu ainda um de Ary Barroso ("Bahia").

Mas não é só a sua voz que fascina. Acompanhada por um grupo de jovens e muito talentosos musicos, todo o espectáculo é uma experiência sonora inesquecivel.

Os concertos decorrem até 18 de Fevereiro e o preço é muitissimo apelativo (8.40euros para menores de 25anos, 12 euros caso contrário) e como tal não há desculpa para deixar de ouvir uma das melhores vozes do nosso país.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Munich - Munique

Começou quinta-feira a minha caminhada até aos Oscars. Ou, por outras palavras, iniciei o penoso esforço de ver todos os nomeados até ao dia da entrega dos prémios (coitadinha de mim!!). No que diz respeito aos nomeados para o prémio de Melhor Filme, apenas tinha visto Crash - Colisão (grande filme!) e agora chegou a vez de assistir à estreia de Munique, o novo de Steven Spielberg.

Começo por dizer que o filme é realmente muito bom, fantástico mesmo. Um argumento envolvente, uma realização quase perfeita e personagens bem construidas e credíveis, fazem de Munique um daqueles filmes que dificilmente se aparão da minha memória.

Baseado em factos reais, este filme é uma hipótese ficcionada do que poderá ter sido a resposta israelita ao atentado de Munique. A parte real, quase documental, é a seguinte: Em 1972, durante os Jogos Olimpicos de Munique, onze atletas israelitas foram feitos reféns e posteriormente assassinados por um grupo terrorista palestiniano, auto-intitulado Setembro Negro, enquanto o resto do mundo assistia em directo ao drama pela televisão. O resto do filme é apenas uma hipótese, embora credível, na qual Golda Meir, a Primeira-Ministra islaelita, juntamente com o General Zvi Zamir (chefe da Mossad), convoca Avner (Eric Bana - o Hulk e o Hector de Tróia), um jovem patrióta que aceita deixar por tempo indeterminado a sua esposa grávida, o seu emprego e o seu país, para embarcar numa missão de retaliação juntamente com quatro companheiros. Este grupo inicia então uma caça ao homem pela Europa e EUA a uma lista de 11 palestinianos, teoricamente envolvidos no planeamento do atentado.

A história é simultaneamente angustiante e comovente, mas a forma como é contada pode ser, na minha opinião, polémica e considerada perigosamente parcial. Passo a explicar: Spielberg é judeu e a sua simpatia pelo ponto de vista israelita da questão é notória ao longo do filme, facto este que tem criado uma enorme polémica em torno de Munique. Também é verdade que se nota um esforço do realizador para minimizar essa parcialidade, tentando passar uma mensagem positiva de apelo à paz, mostrando que "violência gera violência" e passando uma imagem de humanidade das "presas" palestinianas, com vidas e familias "normais".

De facto, este é um tema muito complicado e extremamente passivel de ferir susceptibilidades, e considero que, qualquer que fosse a forma escolhida para contar esta história, seria impossivel conseguir um consenso sobre a credibilidade do filme. Vou por isso excluir da minha apreciação da pelicula qualquer opinião em relação aos factos descritos e restringir-me apenas ao filme propriamente dito; assim, e apenas porque fiuei um bocado aborrecida com um erro de continuidade que considero escandaloso e injustificável num filme desta envergadura (não vos vou contar qual é, mas se alguém reparar digam-me ;) ) dou 4,4 (apetece-me ser picuinhas com pormenores).

De qualquer forma é um óptimo filme mas que convém ser visto com algum conhecimento prévio sobre o conflito entre israelitas e palestinianos, de forma a que se possa filtrar as informações recebidas.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Não tenho pachorra para gente parva!

Até admito que o post que escrevi no dia das eleições possa ser algo polémico mas vamos lá esclarecer umas coisitas: primeiro, um blog é, por definição, um espaço pessoal e no qual o "bloguista" pode escrever basicamente o que lhe apetecer; segundo, ninguém é obrigado a ler nada do que eu escrevo; terceiro, quanto a esse post especificamente, até já me dei ao trabalho de admitir algum excesso de linguagem e pedir desculpa a quem se possa ter sentido ofendido (embora a essência da minha opinião não tenha de forma nenhuma mudado); quarto e último, adoro ter feed-back ao meu blog, conheça ou não a pessoa que comenta, desde que esses comments sejam feitos numa base de respeito e sem recorrer ao palavrão e à ofensa fácil.

Não sei como é que algumas pessoas chegam ao meu blog, mas se não gostam lembrem-se: há uma cruzinha vermelha no canto superior direito do ecran que resolve muito facilmente o problema.

E dito isto, aproveito para agradecer todos os outros comments simpáticos que tenho recebido, é sempre bom ver que estou rodeada de pessoas sensatas e inteligentes.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

And the winners will be...


Foram hoje anunciados os nomeados para os Oscars. Já percebi que ainda tenho muitos filmes para ver até Março, resta saber se irão chegar a tempo aos cinemas Portugueses:

Best Motion Picture of the Year Nominees:
Brokeback Mountain (2005) - Diana Ossana, James Schamus
Capote (2005) - Caroline Baron, William Vince, Michael Ohoven
Crash (2004) - Paul Haggis, Cathy Schulman
Good Night, and Good Luck. (2005) - Grant Heslov
Munich (2005) - Steven Spielberg, Kathleen Kennedy, Barry Mendel

Best Performance by an Actor in a Leading Role Nominees:
Philip Seymour Hoffman for Capote (2005)
Terrence Howard for Hustle & Flow (2005)
Heath Ledger for Brokeback Mountain (2005)
Joaquin Phoenix for Walk the Line (2005)
David Strathairn for Good Night, and Good Luck. (2005)

Best Performance by an Actress in a Leading Role Nominees:
Judi Dench for Mrs. Henderson Presents (2005)
Felicity Huffman for Transamerica (2005)
Keira Knightley for Pride & Prejudice (2005)
Charlize Theron for North Country (2005)
Reese Witherspoon for Walk the Line (2005)

Best Performance by an Actor in a Supporting Role Nominees:
George Clooney for Syriana (2005)
Matt Dillon for Crash (2004)
Paul Giamatti for Cinderella Man (2005)
Jake Gyllenhaal for Brokeback Mountain (2005)
William Hurt for A History of Violence (2005)

Best Performance by an Actress in a Supporting Role Nominees:
Amy Adams for Junebug (2005)
Catherine Keener for Capote (2005)
Frances McDormand for North Country (2005)
Rachel Weisz for The Constant Gardener (2005)
Michelle Williams for Brokeback Mountain (2005)

Best Achievement in Directing Nominees:
George Clooney for Good Night, and Good Luck. (2005)
Paul Haggis for Crash (2004)
Ang Lee for Brokeback Mountain (2005)
Bennett Miller for Capote (2005)
Steven Spielberg for Munich (2005)

Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen Nominees:
Crash (2004) - Paul Haggis, Robert Moresco
Good Night, and Good Luck. (2005) - George Clooney, Grant Heslov
Match Point (2005) - Woody Allen
The Squid and the Whale (2005) - Noah Baumbach
Syriana (2005) - Stephen Gaghan

Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published :
Brokeback Mountain (2005) - Larry McMurtry, Diana Ossana
Capote (2005) - Dan Futterman
The Constant Gardener (2005) - Jeffrey Caine
A History of Violence (2005) - Josh Olson
Munich (2005) - Tony Kushner, Eric Roth

Best Achievement in Cinematography Nominees:
Batman Begins (2005) - Wally Pfister
Brokeback Mountain (2005) - Rodrigo Prieto
Good Night, and Good Luck. (2005) - Robert Elswit
Memoirs of a Geisha (2005) - Dion Beebe
The New World (2005) - Emmanuel Lubezki

Best Achievement in Editing Nominees:
Cinderella Man (2005) - Daniel P. Hanley, Mike Hill
The Constant Gardener (2005) - Claire Simpson
Crash (2004) - Hughes Winborne
Munich (2005) - Michael Kahn
Walk the Line (2005) - Michael McCusker

Best Achievement in Art Direction Nominees:
Good Night, and Good Luck. (2005) - James D. Bissell, Jan Pascale
Harry Potter and the Goblet of Fire (2005) - Stuart Craig, Stephanie McMillan
King Kong (2005) - Grant Major, Dan Hennah, Simon Bright
Memoirs of a Geisha (2005) - John Myhre, Gretchen Rau
Pride & Prejudice (2005) - Sarah Greenwood, Katie Spencer

Best Achievement in Costume Design Nominees:
Charlie and the Chocolate Factory (2005) - Gabriella Pescucci
Memoirs of a Geisha (2005) - Colleen Atwood
Mrs. Henderson Presents (2005) - Sandy Powell
Pride & Prejudice (2005) - Jacqueline Durran
Walk the Line (2005) - Arianne Phillips

Best Achievement in Music Written for Motion Pictures,Original Score:
Brokeback Mountain (2005) - Gustavo Santaolalla
The Constant Gardener (2005) - Alberto Iglesias
Memoirs of a Geisha (2005) - John Williams
Munich (2005) - John Williams
Pride & Prejudice (2005) - Dario Marianelli

Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song Nominees:
Hustle & Flow (2005) - Jordan Houston, Cedric Coleman, Paul Beauregard ("It's Hard Out Here For a Pimp")
Crash (2004) - Michael Becker, Kathleen York ("In the Deep")
Transamerica (2005) - Dolly Parton ("Travelin' Thru")

Best Achievement in Makeup Nominees:
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (2005) - Howard Berger, Tami Lane
Cinderella Man (2005) - David LeRoy Anderson, Lance Anderson
Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith (2005) - Dave Elsey, Annette Miles

Best Achievement in Sound Nominees:
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (2005) - Terry Porter, Dean A. Zupancic, Tony Johnson
King Kong (2005) - Christopher Boyes, Michael Semanick, Michael Hedges, Hammond Peek
Memoirs of a Geisha (2005) - Kevin O'Connell, Greg P. Russell, Rick Kline, John Pritchett
Walk the Line (2005) - Paul Massey, Doug Hemphill, Peter F. Kurland
War of the Worlds (2005) - Andy Nelson, Anna Behlmer, Ron Judkins

Best Achievement in Sound Editing Nominees:
King Kong (2005) - Mike Hopkins, Ethan Van der Ryn
Memoirs of a Geisha (2005) - Wylie Stateman
War of the Worlds (2005) - Richard King

Best Achievement in Visual Effects Nominees:
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (2005) - Dean Wright, Bill Westenhofer, Jim Berney, Scott Farrar
King Kong (2005) - Joe Letteri, Brian Van't Hul, Christian Rivers, Richard Taylor
War of the Worlds (2005) - Pablo Helman, Dennis Muren, Randy Dutra, Daniel Sudick

Best Animated Feature Film of the Year Nominees:
Corpse Bride (2005) - Tim Burton, Mike Johnson
Hauru no ugoku shiro (2004) - Hayao Miyazaki
Wallace & Gromit in The Curse of the Were-Rabbit (2005) - Steve Box, Nick Park

Best Foreign Language Film of the Year Nominees:
Bestia nel cuore, La (2005) - Cristina Comencini (Italy)
Joyeux Noël (2005) - Christian Carion (France)
Paradise Now (2005) - Hany Abu-Assad (Palestine)
Sophie Scholl - Die letzten Tage (2005) - Marc Rothemund (Germany)
Tsotsi (2005) - Gavin Hood (South Africa)

Best Documentary, Features Nominees:
Darwin's Nightmare (2004) - Hubert Sauper
Enron: The Smartest Guys in the Room (2005) - Alex Gibney, Jason Kliot
Marche de l'empereur, La (2005) - Luc Jacquet, Yves Darondeau
Murderball (2005) - Henry Alex Rubin, Dana Adam Shapiro
Street Fight (2005) - Marshall Curry

Best Documentary, Short Subjects Nominees:
God Sleeps in Rwanda (2005) - Kimberlee Acquaro, Stacy Sherman
A Note of Triumph: The Golden Age of Norman Corwin (2005) - Corinne Marrinan, Eric Simonson
The Life of Kevin Carter (2004) - Dan Krauss
Mushroom Club, The (2005) -
Steven Okazaki

Best Short Film, Animated Nominees:
Badgered (2005) - Sharon Colman
The Moon and the Son (2005) - John Canemaker, Peggy Stern
The Mysterious Geographic Explorations of Jasper Morello (2005) - Anthony Lucas
9 (2005) - Shane Acker
One Man Band (2005) - Mark Andrews, Andrew Jimenez

Best Short Film, Live Action Nominees:
Ausreißer (2004) - Ulrike Grote
Cashback (2004) - Sean Ellis, Lene Bausager
Síðasti bærinn í dalnum (2004) - Rúnar Rúnarsson, Þórir Snær Sigurjónsson
Our Time Is Up (2004) - Rob Pearlstein, Pia Clemente
Six Shooter (2005) - Martin McDonagh