terça-feira, janeiro 31, 2006

Parabéns Madalena!!

Cada vez mais sinto que aquilo que considerava um cliché é a mais pura das verdades: o tempo passa realmente a correr!

Na realidade julgo que, com o passar dos anos, a nossa noção temporal vai-se apertando e tempo parece fugir como se tivesse pressa de chegar a uma meta que não nos apetece nada atingir. Quando era miúda os meus pensamentos relativos à idade baseavam na vontade que o dia em que pudesse fazer determinadas coisas chegasse depressa. Aos 12 já podia andar à frente no carro, aos 16 já podia entrar (legalmente) nas discotecas, aos 18 já podia ter carta e votar.... O problema é que agora vejo as coisas pelo prisma inverso: aos 26 vou deixar de poder ter cartão jovem, aos 30 deixei de ser jovem para passar a ser oficialmente adulta, algures perto dos 50 entrarei na famigerada terceita idade pelo menos no que diz respeito ao meu periodo fértil.

Em resumo, estou teoricamente na auge da minha vida e só vejo o tempo a querer fugir...

Mas este blog não pretende ser derrotista ou deprimente porque hoje comemoro quatro anos que a minha primeira sobrinha emprestada nasceu... Quatro aninhos repletos de vivacidade e malandrice e durante os quais tem sido um prazer enorme ver a filhota de uma das minhas melhores amigas crescer e tornar-se na miúda esperta e alegre (ainda que como todas as crianças por vezes mimada - mas faz parte da idade!) que é hoje.

Madalena, embora saiba que não vais ver este texto, espero que saibas que te adoro como se fosses realmente da minha familia e que espero estar sempre presente na tua vida para acompanhar o que tenho a certeza que vai ser uma caminhada cheia de sucessos, mas também estar lá quando as coisas correrem menos bem... E olha, não tenhas pressa de crescer porque um dia vais ter saudades de ser criança outra vez.

Parabéns Madalena!

Memoirs of a Gueisha - Memórias de uma Gueixa


Confesso que me sentia novamente invadida pela preguiça de escrever o comentário ao filme Memórias de uma Gueixa, mas, por uma questão de respeito com uma das minhas leitoras mais fieis vou ganhei coragem e vou faze-lo agora (de kk maneira, obrigada por considerares a minha opinião como fiável!). Vamos a isso!

O filme é de uma beleza estonteante desde o primeiro frame, lembrando em alguns momentos um quadro vivo. Este facto faz com que o filme valha a pena, mesmo para quem leu o livro de Arthur Golden (1997).

Mais do que apenas um bom argumento, este filme foi, para mim uma deslumbrante experiência visual, onde, ao longo de quase duas horas e meia fui transportada para uma cultura diametralmente diferente da minha.

Memórias de uma Gueixa conta-nos, na primeira pessoa, a história de Chiyo (mais tarde, Sayuri) uma menina pobre de olhos cinzentos, que aos nove anos é vendida a uma casa de gueixas. A partir daí, acompanhamos o seu crescimento, até, apesar de todas as contrariedades, se tornar na gueixa mais famosa dos anos 30.

O romance é baseado em entrevistas reais e poderá ser um bom ponto de partida para nós ocidentais percebermos que muitas das ideias que temos sobre algumas das tradições orientais são preconceituosas e erradas.

De qualquer forma, não posso ignorar a crescente polémica em torno desta pelicula. De facto, um dos principais problemas foi a escolha das três protagonistas, nenhuma delas japonesa. Este casting tem provocado alguma revolta no seio das comunidades asiáticas que consideram preconceituoso e racista, considerar-se que desde que tenha "olhos em bico" vai tudo dar ao mesmo.... Enfim, embora possa perceber esta argumentação, devo confessar que na realidade este facto não foi perceptivel para mim e só descobri as nacionalidades das actrizes depois de ver o filme. O realizador Rob Marshall (o mesmo de Chicago) defende-se dizendo que a escolha foi baseada nas capacidades artisticas (e fama) das actrizes e no facto de, para o papel principal, precisar de uma actriz que fosse credivel como tendo 15 anos e como tendo 30 (o que de facto é conseguido).

Outras criticas estão relacionadas com alguma "ocidentalização" das pinturas, dos penteados, dos quimonos e das danças e também com algum paralelismo, teoricamente falso, da actividade das gueixas com a prostituição.

Embora não refutando nenhuma delas (até porque o meu conhecimento destes rituais é reduzido), o facto é que nenhum destes factos me retirou algum prazer em ver este filme. Tenho apenas uma critica negativa que é o facto de o filme perder alguma credibilidade por ser falado em inglês em vez de japonês. Tendo em conta tudo isto, dou 4 estrelas e, claro, recomendo que o vão ver.

(Contente Tigger? Fico à espera da tua opinião.)

domingo, janeiro 29, 2006

No frio da neve e no calor de Saigão: o perfeito anti-ácido para a azia de ontem

Depois da tristeza que o meu glorioso me deu ontem, o de dia de hoje foi óptimo. O meu bom humor deve-se a duas razões: fui finalmente ver o Miss Saigão e...nevou em Lisboa!!!

Começando pela segunda (que na ordem real do dia foi a primeira) confesso que, não sendo grande fã de neve, pelo menos nos locais onde é suposto e comum ela existir, fiquei literalmente pasmada e entusiasmada com o facto de hoje ter nevado em Lisboa.

Ia eu no carro com a Maria a conversar sobre o facto surpreendente de ter nevado na Figueira da Foz quando, ao pararmos o carro para "recolher" as nossas parceiras de musical, nos caem do céu (bem, de onde é que havia de ser?) dois flocos branquinhos (os primeiros de muitos que se seguiram), e nós, em perfeita sintonia, ficámos por momentos em silêncio e depois: "Isto é neve..." dissémos incrédulas. Imagino que para quem viva no norte do país, o facto de cair neve não deva constituir nenhum motivo de interesse ou, muito menos, de surpresa, mas para nós, naquele momento foi como se de repente se fizesse magia e o caminho até ao coliseu foi feito numa espécie de euforia aparvalhada.

Agora a parte do dia que, apesar de programada, foi a principal razão da minha boa-disposição: o musical Miss Saigon. ADOREI!! A musicas (embora com ligeiras alterações) eu já conhecia e sabia de cor, a história não foi, obviamente, novidade, mas não deixei de ficar fascinada porque a parte vsual do espectáculo (ainda que observada nos lugares da galeria) confere à obra uma perspectiva completamente diferente.

A quem não viu recomendo vivamente e para quem não conhece a história aqui vai o resumo (desculpem o plágio do texto do site do coliseu dos recreios): "Durante a Guerra do Vietname, um recruta apaixona-se por uma jovem vietnamita dando origem a uma condenada estória de amor.... Em 1975, as tropas vietnamitas invadem a Embaixada Americana em Saigão e as tropas americanas são evacuadas pelo telhado em helicópteros. Chris, desesperado, procura Kim na multidão. Não quer partir sem a levar; não quer partir sem o seu grande amor. Sem outra hipótese, é empurrado para o helicóptero e afasta-se da caótica Saigão. Para trás deixa uma existência que não compreende, um amor verdadeiro e um filho que desconhece existir. Três anos depois, já casado, Chris descobre Kim em Banguecoque e vai ao seu encontro…Baseada em factos reais, MISS SAIGON retrata os momentos e as situações vividas durante a guerra do Vietname, através de uma abordagem fortemente emocional, de paixão e drama.Miss Saigon actualiza as mais clássicas estórias de amores impossíveis como Madame Butterfly onde os autores, Alain Boublil e Claude Michel Schonberg, confessam ter procurado inspiração. Estreado em 1989, MISS SAIGON é um dos 3 mais famosos musicais de sempre na história do teatro inglês, tendo conquistado mais de 31 milhões de espectadores em todo o mundo. "

E pronto, hoje deito-me bem mais contente, já quase com a "azia" de ontem esquecida e com a perspectiva de em Maio voltar ao coliseu para ver o Grease.

P.S.: Era suposto ter comentado hoje o filme As Memórias de uma Gueixa" mas ainda não tive tempo. É amanhã sem falta!

Sim, eu já sei...

Antes que alguém diga alguma coisa devo informar-vos que assisti à vergonha ao vivo, que não jogámos um chavo e que o sporting mereceu a vitória e ainda podia ter ganho por mais. Dispenso qq tipo de comentários...

sábado, janeiro 28, 2006

E que tal um pouco mais de frontalidade? - um post dedicado ao meu comentador anónimo

Ia desligar o computador mas não resisto a mais um pequeno comentário. Recebi hoje um comentário ao meu post sobre os resultados eleitorais que dizia o seguinte: Se calhar a labrega és tu e ninguém se importa muito que não queiras ter filhos...

O comentário foi apagado por uma única razão: quem o escreveu não teve a coragem de o assinar.

Tal como quem me conhece já me ouviu dizer diversas vezes, respeito, ainda que não compreenda, todas as opções de voto, pois julgo que o mais importante numa eleição é o acto de votar em si. Também sabem que considero este resultado eleitoral péssimo pelas mais diversas razões. A verdade é que julgo que a maior parte das pessoas que votaram Cavaco, o fizeram por pura ignorância do que são as reais funções de um PR, vendo neste senhor uma espécie de "salvador da Pátria" que nos vai salvar de todas as "maldades" que o maroto do Sócrates nos faz.

No entanto, não era de forma nenhuma minha intenção ofender quem votou no Cavaco e a minha critica, que admito poder ter sido exarcebada pelo calor do momento e passível de interpretações erradas, era à sociedade em geral e não pretendia ferir sensibilidades. Se o fiz peço desculpas.

Quero contudo esclarecer que este pedido de desculpas é dirigido a quem se possa ter sentido afectado pelo post, excluindo deste grupo o/a autor(a) do comment. Uma das coisas que mais prezo no regime democrático é a liberdade de expressão e, como tal, admito toda a legitimidade do autor em dizer o que quiser; mas das qualidades que mais admiro num ser humano são a frontalidade e a coragem de enfrentar as consequências dos nossos actos e palavras. Quem comentou tem todo o direito de não gostar do que eu disse, só é pena que a cobardia o impeça de se identificar e, como tal, a sua opinião perde qualquer importância e foi apagada.

Pronto, por hoje é mesmo tudo.

Match Point

Ok, admito que sou viciada em cinema e que, de vez em quando, mais valia poupar o dinheiro do bilhete em vez de ir só porque sim. Dito isto, vou falar-vos de um dos melhores filmes que fui ver nos últimos temos e que considero ser o melhor filme do Woody Allen que alguma vez vi (confesso que não sou especialista neste realizador mas já devo ter visto mais de uma dezena de filmes dele).

Woody Allen é, de facto, um realizador bastante peculiar, capaz de gerar paixões e ódios e que nos tem habituado a utilizar a realização como uma espécie de psicanálise particular. Ele é o personagem central (ainda que nem sempre o personagem principal oficial), os filmes passam-se invariavelmente em NY e os diálogos são, ainda que interessantes, por vezes demasiado intimistas/intimos como se, de repente, o espectador se tornasse no psicólogo "forçado" das personagens.

Pois quem não viu o filme prepare-se para uma surpresa. Nesta obra genial, Woody Allen não aparece num único frame, os personagens passeiam-se por Londres e o ritmo do argumento é completamente diferente do habitual. Tudo isto faz com que, as mais de duas horas de filme (outra originalidade, já que habitualmente as fitas duram quase exactamente 90 minutos) passem depressa demais.

Da história não vos vou adiantar muito pois grande parte do brilhantismo do argumento resulta do inesperado. De qualquer forma aqui fica o essencial (sem detalhes que possam estragar a experiência de quem ainda não viu): Chris Wilton (Jonathan Rhys-Meyers), um irlandês recém-chegado a Londres, é contratado como professor de ténis num clube de alta-sociedade. É aqui que conhece Tom Hewett (Matthew Goode) um playboy cuja forma de vida, repleta de festas, concertos de ópera e grandes propriedades no campo, é tudo aquilo que o ambicioso Chris sonhou para ele. A amizade entre os dois e o consequente relacionamento com a irmã de Tom, Chloe (Emily Mortimer) abrem perspectivas inesperadas (mas sonhadas) ao jovem professor de ténis, comprovando a sua teoria de que o factor mais importante na vida de alguém é a sorte (sendo que este é o tema central do filme). Tudo parece correr bem até conhecer a noiva de Tom, Nola (Scarlett Johansson), um misto de femme fatale e lolita que vai alterar de forma radical o rumo racional e prudente da sua vida.

O argumento está genial e apaixonante. Quando se julga ter captado tudo, Woody consegue, como que por magia, incluir um dos momentos mais brilhantes que tenho visto...

Porque a vida é como uma partida de ténis. Há um momento em que a bola bate no topo da rede e tanto pode cair no nosso campo ou no campo adversário; se cair no nosso, perdemos; se cair no outro, ganhamos...é uma questão de sorte.

Mas não é por sorte, mas sim por mérito próprio, que lhe dou a pontuação de 4,5 e uma vivíssima recomendação que não o percam. Porque sorte é sairem filmes destes.

P.S.: Já é tarde por isso deixo para amanhã o comentário ao Memórias de uma Gueixa.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Não é justo...

Estou oficialmente desmoralizada e deprimida....

Em Setembro (quando comecei) estava tudo bem. Ainda embalada pelo sabor das fantásticas férias, tudo me parecia óbvio e fácil. Ero só uma questão de (pouco) tempo.

Em Outubro comecei a interrogar-me se estaria a fazer alguma coisa de errado, se seria normal e aceitável que na única entrevista a que fui me quisesse recrutar para "semi-escrava". Mas não estava excessivamente preocupada e sinceramente as "férias" prolongadas, mesmo que forçadas, ainda sabiam bem.

Em Novembro, mês dos meus 24 anos, começou a crescer dentro de mim, primeiro quase imperceptivel e depois de forma claramente incomodativa, um sentimento de inutilidade e de algum desespero por nem sequer me ser dada a oportunidade de tentar defender o meu valor; era rejeitada sem sequer ver a cara de quem me rejeitava.

Em Dezembro finalmente aconteceu. E tudo correu bem, bem demais. E com garantias de "98%", elogios de encher o ego a qualquer recém-licenciado e a promessa de uma resposta logo em Janeiro ("não lhe vou dar uma prenda de Natal antecipada, mas não se preocupe que nem vou entrevistar mais candidatos"- disse ele) fui de férias descansada, respondendo sorridente "em principio começo em Fevereiro" às perguntas de pessoas preocupadas com o meu futuro.

Janeiro chegou...passou uma semana e nada("ainda é cedo" - pensei)...passou mais uma semana e nada ("já diziam qualquer coisa"....) mais uma semana e finalmente uma resposta:

"Ex.ma Sra Raquel Mourão
Em relação ao assunto em epígrafe informamos que ficámos com a melhor da impressões sobre o seu cv e entrevista.
No entanto, não foi a candidata seleccionada.
Gostaríamos de saber se está interessada em colaborar connosco em projectos dentro da engenharia do ambiente e fiscalização.
Os meus cumprimentos pessoais,

Luis Gomes"


Nem vos posso descrever o meu desapontamento! A sensação de injustiça e desvalorização pessoal é avassaladora. Mas a culpa é minha, que me iludi.

Desculpem o desabafo deprimente.

P.S.: Lara: li o teu comentário imediatamente depois desta resposta inesperada. Mais uma vez obrigada por, ainda que desta vez inconscientemente, me tenhas levantado a moral quando mais precisava.

P.S.2: Dois dias, dois grandes filmes: Match point e Memórias de uma gueixa. Mas o comentário fica para depois; com o meu actual estado de espirito não lhes ia fazer justiça de certeza

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Pride and Prejudice - Orgulho e Preconceito

Já com alguns dias de atraso, por motivos que não vale a pena repetir, aqui vai o comentário ao último filme que vi. Desta vez não me vou mesmo estender muito até porque não tenho assim tanta coisa para dizer.

Confesso que fui ver este filme com um misto de expectativas altas e baixas (ok, concordo que isto não faz muito sentido mas já tento explicar :P).

Como penso que sabem este filme é uma adaptação de um romance de 1797 de Jane Austen, a mesma escritora de outras famosas obras (algumas igualmente adaptadas para o cinema ou para a televisão) como Sensibilidade e Bom-senso e Emma. Já tendo lido, embora há muitos anos,o romance e tendo acompanhado, ainda que não fielmente, a série da BBC, não esperava grandes surpresas desta adaptação e realmente não as tive.

Como muitos destes filmes de época (o meu preferido é As Mulherzinhas), o melhor deste filme está, sem dúvida, na fotografia, no guarda-roupa e nos cenários. O realizador, Joe Wright, mais uma vez um novato nestas lides do cinema, consegue imprimir um espirito realista e no geral o filme até convence.

Mas para mim o maior senão está nos actores escolhidos (ou melhor, alguns deles). Começando por um Mr. Darcy (Matthew Macfadyen) pouco convincente como arrogante e pretencioso (embora vá melhorando ao longo do filme, enquanto o personagem se descontrai), uma Jane (Rosamund Pike) cuja beleza teoricamente estonteante deixa muito a desejar e a acabar no pior: a nova estrelinha Keira Knightley no papel principal.

Até pode ser um pouco de embirração minha mas não tenho a mais pequena paciência para este "novo projecto de Winona Ryder" (são capazes de se lembrar desta menina de Os Piratas das Caraíbas e de O Rei Artur) que passa o filme todo com risinhos irritantes e saltinhos adolescentes, retirando completamente o carisma da personagem Lizzie.

Enfim, 3 estrelas. Nem bom, nem mal...vê-se!

PARABÉNS LARA!!

Depois de três dias de luto pelas tristezas eleitorais de Domingo (só de pensar nisso até enjoo!), recomeço hoje a escrever no blog. Não que me tenha conformado ou habituado à ideia, mas a vida continua, não é?

Bem, mas vamos ao que interessa! Este post serve para dar os parabéns a uma pessoa muito especial e aproveitar para lhe agradecer uma amizade que dura vai para 8 anos.

Obrigada miúda. Obrigada por me aturares as neuras, por te rires e chorares comigo, por seres a minha companheira de viagens e loucuras, por seres tão diferente de mim e expandires os meus (limitados) horizontes, por me desculpares quando estou meses sem dizer nada, por quando estamos juntas ser como se tivessemos falado no dia anterior.

Há amizades que são como as pilhas Duracell e a nossa é assim.

Parabéns Lara pelos 24 aninhos!

P.S.: Além de tudo o mais ainda fazes anos no mesmo dia que o Eusébio, o que, para além de ser uma honra, só vem confirmar que és boa pessoa (ainda que lagartixa!)

domingo, janeiro 22, 2006

Vou emigrar para o Zagreb (299euros pela Tagus)

Estou de luto!

Estou de luto pela morte da esperança que tinha que país que adoro ainda estivesse a tempo de demonstrar alguma inteligência e bom-senso. Estes resultados demonstram que continuamos labregos e patéticos.

50,6%!!!! Espero que os 40% que decidiram não levantar o rabo da cadeira estejam satisfeitos com os 10 anos de cavaquismo que nos esperam.

Acabei de decidir só ter filhos em 2016. Eu não posso evitar mas não vou pôr crianças neste país enquanto durar esta deprimência.

Não vou escrever mais...não vou fazer a crítica ao filme de ontem...hoje só me apetece emigrar para longe...

Lamento, Portugal!

sábado, janeiro 21, 2006

Banalidades...

Sem nada de muito importante para vos contar, escrevo só para vos dar conta do sábado calmo e agradável que estou a ter: almoço com o Luis, tarde no parque com a minha "sobrinha" favorita (e única por enquanto), jantar fora com os papás e quem sabe um filmezinho depois.

Mais uma vez não ganhei o euromilhões (146milhões para a semana!!!!!!!!!!!!!!!) mas parece que os sábados se estão a tornar nos meus dias favoritos.

Vou ler um bocadinho antes de jantar.

Não se esqueçam de votar amanhã :)

sexta-feira, janeiro 20, 2006

SawII - A experiência do medo

Até onde iriam para garantir a vossa sobrevivência?

Nos últimos dias confrontei-me por duas vezes com esta questão, em duas obras distintas: num livro (do qual vos falarei numa próxima vez) e neste filme. Na verdade julgo que ninguém pode dar esta resposta até se ver confrontado com uma situação em que o nosso instinto mais básico seja realmente posto à prova.

Pois é destas situações limite que este filme trata. Quem viu o primeiro filme Saw, deve lembrar-se de Jigsaw, representado por um boneco sinistro e que força as pessoas a entrar nos seus jogos macabros, onde a sobrevivência é sempre uma escolha. Mas o que se tem de abdicar é sempre terrível.

Apesar do meu esforço de memória, não me consigo lembrar pormenorizadamente do primeiro filme mas lembro-me que gostei. Este SawII, está feito num estilo ligeiramente diferente (o realizador é diferente: Darren Lynn Bousman), claramente inspirado no fantástico Seven.

A trama prende a atenção até ao último segundo e o final, que tantas vezes estraga estes filmes, é inteligente e, pelo menos para mim, suficientemente inesperado.

Quanto à história não me quero alargar muito, pois nestes filmes o essencial é a surpresa. Mesmo assim acho que vos posso dar um "cheirinho": Jigsaw, a morrer de cancro, deixa-se apanhar pela polícia. O problema é que, nesse preciso momento, o filho do inspector que o prende está fechado com mais seis pessoas numa casa cheia de armadilhas e a respirar um gás letal que só os deixará viver por cerca de duas horas. Ou eles conseguem sair ou a policia (que os consegue ver através das camaras de vigilância instaladas na casa) os consegue soltar. E no fundo é tão fácil: basta seguir as regras....

Enfim, para quem gosta do género, é uma boa aposta e vale, na minha opinião, 4 estrelas.

Que vos parece?

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Presidenciais 2006: O inevitável apelo ao voto



Faltam apenas 4 dias para as eleições e quem me conhece minimamente já poderá estar a estranhar eu ainda não ter feito nenhuma referência a este facto. Tenho estado a adiar um bocadinho porque o blog é muito recente e achei que se começasse com politiquices logo nos primeiros posts perdia toda a "clientela" mesmo antes de a conquistar.

Mas agora tem mesmo de ser! O assunto é demasiado importante para ser ignorado.

Em primeiro lugar, e mesmo supondo que estas informações não sejam novidades para a maioria, aqui vão alguns dados teóricos:

O Presidente da República é eleito por sulfrágio universal e directo, de 5 em 5 anos, por um escrutínio maioritário a duas voltas (isto quer dizer que, para ser eleito, um candidato tem de ter mais de 50% dos votos e que, se tal não acontecer na primeira votação, os dois candidatos mais votados são sujeitos a uma segunda votação - atenção que os votos em branco não contam para as percentagens). São elegíveis todos os cidadãos eleitores de origem portuguesa e maiores de 35 anos.

Segundo a Contituição da República Portuguesa,"o Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas."

No dia da eleição (22 de Janeiro), as assembleias de voto estão abertas entre as 8:00h e as 19:00h e todos os cidadãos recenseados podem votar desde que devidamente identificados (BI e cartão de eleitor), não esquecendo que o apelo ao voto a menos de 500 metros (e isto inclui até apenas revelar em quem se votou!!) é proibido e, teoricamente, punido por lei.

Nestes eleições presidenciais vão a votos 6 candidatos que, por sorteio, irão aparecer pela seguinte ordem no boletim de voto:

1º - António Pestana Garcia Pereira (www.garciapereira-presidenciais2006.net/)
2º - Aníbal António Cavaco Silva (www.cavacosilva.pt/)
3º - Francisco Anacleto Louçã (www.franciscopresidente.net/)
4º - Manuel Alegre de Melo Duarte (www.manuelalegre.com/)
5º - Jerónimo Carvalho de Sousa (www.jeronimodesousa.org/)
6º - Mário Alberto Nobre Lopes Soares (www.mariosoares.net/)


Quem me conhece sabe que eu sou de esquerda e que tenho um ódiozinho de estimação pelo Sr. Aníbal. Como tal, o meu voto será sempre inevitavelmente num dos candidatos de esquerda, o que quer dizer que, numa segunda volta votarei em qualquer um que possa evitar a transformação do meu querido Portugal novamente num cavaquistão.

De qualquer maneira, o meu apelo vai essencialmente no sentido de sensibilizar toda a gente para a importância do voto. O voto é um direito mas também é a base do sistema democrático em que vivemos e que tanto prezamos. Votar é ter voz, não votar é comer e calar!

E pronto, prometo que tão cedo não vos dou uma seca igual e já agora para quem chegou até aqui e ainda possa estar em dúvidas sobre se vai votar, acreditem em mim: ler este post todo foi de certeza muito mais chato do que pôr um cruzinha no boletim de voto (ok, não resisto: se puderem evitar a cruz no Cavaco, agradecia :P )

terça-feira, janeiro 17, 2006

Memórias do Interrail - um post dedicado à Sofia e à Marta

Sem nada de terrivelmente importante para vos dizer hoje (fui a uma entrevista que correu bem mas não foi muito interessante), e porque estava a dar uma vista de olhos pelas fotos que tenho no computador, decidi deixar aqui algumas das minhas férias passadas. Que saudades!! (foi bom, não foi meninas?)


Num café na cidade luz

EuroDisney: A adrenalina ao auge na montanharussa....para maiores de 6 anos :)


Amsterdam by night (não, não é uma coffee-shop! Nós somos meninas bem comportadas)


Porque o Interrail tb pode ser uma viagem intelectualmente estimulante, aqui estamos nós no museu...da Heineken

A belíssima cidade de Praga. Só é pena os checos estarem urgentemente necessitados de uma aulinhas de boas maneiras e civismo!

Auschwitz: até agora a experiência mais angustiante da minha vida. Recomendo uma visita, mas vão preparados porque não é fácil.

O castelo e a catedral de Cracóvia (onde Karol Wojtyla - posteriormente Papa João Paulo II - foi ordenado bispo). A cidade é linda e barata.

A zona velha de Varsóvia foi literalmente reerguida após a 2º Grande Guerra e é linda! Pena que o resto da cidade seja tão deprimente.

Há que seguir os costumes locais...e por isso nada como beber cerveja polaca com uma palhinha!!

Budapeste: talvez a mais linda das cidades!

Cidade do Luxemburgo. Sem palavras...

Paisagens lindas, castelos, pouco mais que a área da grande Lisboa. O Luxemburgo é uma pérola imperdível

Uma mistura pitoresca de arquitectura e costumes franceses e alemães. Uma cidade de bonecas em ponto grande.

De regresso a Lisboa. Exaustas mas felizes.

Foi uma viagem que não vou esquecer e que serviu (se é que era possível) para me aproximar ainda mais destas miúdas espectaculares. Espero que se tenham roído de inveja (estou a brincar!) e qualquer dia conto-vos o meu Giro d'Italia.

Visitantes, Censura e Nervos

Este é um post muito rápido para agradecer a todos aqueles que têm tido a paciência de visitar o meu blog. A verdade é que cheguei hoje às 100 visitas (o que não é nada mau, tenho em conta que o Iguanaemvermelho tem uma semana apenas) e, como sei que não são assim tantas as pessoas que me visitam, isso significa que tenho alguns leitores bastante fieis.

Falando em leitores, poderão reparar que existe um comentário ao post Kiss Kiss Bang Bang que foi apagado. Embora a minha intenção não seja promover qualquer tipo de censura, só manterei os comentários quando estes estiverem devidamente indentificados. Como tal, peço-vos para assinarem sempre que escreverem para o blog.

Por último, umas linhas para vos dar conta de algum nervosismo que me começa a atingir neste momento...é que daqui a nada vou a mais uma entrevista de emprego. Depois conto-vos tudinho!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Kiss Kiss Bang Bang


Senhoras e senhores, meninos e meninas, tenho a honra de comentar, pela primeira vez neste blog, um filme que realmente "me encheu as medidas".

É verdade, confesso que estava a começar a ficar ligeiramente frustrada com o facto de ainda não ter tido a hipótese de fazer uma crítica a um filme que posso, sem qualquer tipo de reservas, recomendar vivamente.

Falo de Kiss Kiss Bang Bang, a minha última experiência cinematográfica como espectadora e primeira, como realizador, de Shane Black. E se julgam que não conhecem este senhor, estão redondamente enganados (ou assim eu julgo!). Quem não se lembra de filmes como O Último grande Herói (na minha opinião o melhor filme do actual governador da Califórnia), A Fúria do Último Escuteiro, RobotCop, Melhor é Impossivel e os fabulosos Arma Mortífera? Pois é, meus amigos, apesar de caloiro nas lides da realização, este senhor já é muito rodado como argumentista, actor e produtor (falando nisso, neste Kiss Kiss Bang Bang, Black é também argumentista).

Em primeiro lugar um aviso à navegação: este filme é completamente louco, imprevisivel e surreal. Para os mais "arrumadinhos" devo também avisar que é completamente impossível coloca-lo numa qualquer prateleira de género, ficando a pairar entre o policial, a comédia, a acção, o mistério e até, nalguns momentos, o thriller. Por último, e esperando sinceramente não estar a incluir nenhum dos meus estimados leitores nesta categoria, devo também prevenir os mais homofóbicos (ou as meninas mais histéricas pelo Val Kilmer :P) que se assiste a um beijo "à la Casablanca" entre o Robert Downey Jr. e o antigo Santo.

Os ingredientes são surpreendentemente banais: Harry Lockhart (Robert Downey Jr.), um ladrãozeco mal sucedido e azarado que, por acidente, se torna actor; Gay Perry(Val Kimer), um detective durão e....muito gay; e Harmony Faith Lane (a quase desconhecida Michelle Monaghan) , uma rapariga bonita que fugiu da terra natal, onde era abusada, para LA em busca do sonho, ainda não atingido, de se tornar actriz.

O argumento mistura tiros, maus muito maus, bons menos bons, amor, perseguições, dois crimes misteriosos e tudo o mais que constitui os livros políciais de segunda categoria.

Interessados até agora? Imagino que não :) Pois, mas é precisamente a partir da banalidade dos elementos que se conseguiu obter um filme surpreendente, recheado de pequenos pormenores hilariantes e que, de forma primorosa, desconstrói a pretenciosidade dos estúdios hollywoodescos.

É o regresso de Robert Downey Jr., um actor que gosto imenso (ainda se lembram dele em Ally McBeal?) a um filme à sua medida (para além de uma representação notável, está hilariante como tentativa de narrador) e a prova de que Val Kilmer é mais do que um antigo menino-bonito que envelheceu e engordou.

Dou 4,5 estrelas e recomendo vivamente. Às vezes vale mesmo a pena ir ao cinema :)

Não se esqueçam que fico à espera das vossas opiniões.

As alegrias do futebol


Ontem foi mais uma noite de futebol...e que noite!!

Depois de ter tido o prazer de ver ao vivo o meu Benfica a ganhar 3-0 ao académica ainda me pude regozijar com a derrota tripeira por 2-1 (e ainda por cima vergonhosamente ajudados).

Mas como me recuso a perder tempo a comentar jogos do FCP, aqui vai um pequeno comentário (até porque apesar da vitória, a qualidade do jogo não foi memorável) ao desempenho do meu glorioso:

Depois de uma primeira parte fraquinha, com o académica a jogar a contra-ataque, uma desconcentração clara dos nossos jogadores, poucos ou nenhuns rasgos de genialidade futebolistica e um golo do Simão marcado na sequência de um penálti (abstenho-me de comentar a validade do mesmo pois, como sabem, no estádio não há direito a repetições e as únicas opiniões que obtive foram suspeitamente verdes), tive o prazer de assistir a uma segunda parte mais "à Benfica campeão".

A superioridade vermelha foi notória, apesar da má arbitragem, com um golo soberbo do incontornável Nuno Gomes antecedido por outro do melhor defesa a jogar em Portugal: Luisão.

A vitória foi mais que merecida e o 3-0 compensou alguns momentos mais mornos do jogo.

Aproveito ainda para enaltecer as óbvias qualidades do nosso novo guarda-redes Moretto mas, apesar disso, não posso deixar de protestar contra o facto de termos o Quim tão injustamente sentado no banco. Ele é um guarda-redes de selecção (aliás o guarda-redes que deveria estar a defender as balizas nacionais) e esta opção do Koeman terá muito provavelmente (e de forma compreensível) como resultado que ele se vá embora para um clube onde possa mostrar a sua magnífica qualidade.

Parabéns Benfica! 7 vitórias seguidas é obra :)

P.S.: Notícia de última hora para os mais distraidos: já temos adversário para os oitavos-de-final da Taça de Portugal: o jogo será no dia 8 de Fevereiro na Catedral contra o Nacional da Madeira.

sábado, janeiro 14, 2006

E se eu ganhasse...

É verdade: para quem poderia ainda ter algumas dúvidas, eu lamento informar que ainda não foi ontem que ganhei o EuroMilhões...

(consola-me o facto de saber que também mais ninguém ganhou :P)

Falando agora um pouco mais a sério. Nestas semanas de mega-jackpots (e a próxima será mais uma: 125milhões!!!), tornam-se habituais as conversas do "e se eu ganhasse".

E se eu ganhasse comprava um carro, uma mota, uma casa, um avião, uma ilha, um país, o Mundo. E então sim, era feliz porque podia fazer o que me apetecesse, comprar o que me apetecesse, ir onde me apetecesse... E era feliz!

Não ganhei.

Hoje fui andar de patins com o Luis. E depois, enquanto estava sentada a ver o mar e o céu a ficar alaranjado, pensei: sonhar com o impossível faz-nos desvalorizar as pequenas coisas. E são essas, as que não se compram, que me fazem feliz.

Apesar de tudo vou jogar no EuroMilhões. Porque se eu ganhasse...

P.S.: Desculpem a lamechice deste post, mas é que às vezes fico irritada com o meu consumismo e materialismo. Sou mesmo um produto da sociedade capitalista!!!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

GRRRRR!!!!!!!!

Pronto, já tenho o dia estragado.... Acabei de descobrir que comprei os bilhetes para a Miss Saigon para o mesmo dia que o glorioso-lagartos!!

A alegria de ir ver o meu musical favorito transformou-se em raiva pela minha falta de organização....


Que raiva!!

Informação de última hora

Acabei de descobrir há 1 minuto que, quando era miúda, era amiga da pirosa que faz de Daniela nos Morangos com Açucar.... e como se isto já não fosse degradante o suficiente, a minha constatação deu-se enquanto via uma repetição daquele maravilhoso programa da SICmulher que dá pelo nome de 6teen.

Acho que depois das 3 da manhã me transformo numa adolescente de 15 anos, sem qualquer tipo de sentido crítico...

P.S.: Escusam de mandar bocas que eu estou perfeitamente ciente da total irrelevância deste post. Mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser. Toma toma!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Ofereço-me como rato de laboratório

Às vezes fico parva comigo mesma... Então não é que hoje, depois de ter feito a proeza de dormir mais de 12 horas, acordei a chorar baba e ranho???

E porquê? , perguntam vocês






Vá lá, perguntem...







Ok, eu digo na mesma!





A resposta é: não faço a mais pequena ideia. Ou seja: eu estava a dormir, aparentemente a "pesadelar" e o Luis telefona-me. Mal oiço a voz dele desato num pranto, o que me fez ficar com os olhos inchadíssimos (e logo agora, depois de ter ido ao solário ontem), o que me faz ficar com um ar infeliz e deprimente (inchado e vermelho) de quem passou a noite toda a ser mal-tratada.

Conclusão: Estou chateada e meio deprimida única e simplesmente porque sonhei que estava chateada e meio deprimida...


(Alguma das minhas amigas psicologas está a precisar de um caso de estudo?)

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Armada em "Saramaga"...

Ainda agora acabei de colocar o último post e lembrei-me: se já é pouco provável que alguém esteja mesmo interessado (e tenha paciência) em ler as minhas opiniões sobre filmes, quanto mais os textos do tamanho testamentário que me dou ao luxo de escrever.

A quem, mesmo assim, tem tido paciência: desculpem, vou tentar não me esticar muito...

Fun with Dick and Jane - Ladrões sem jeito


As terças-feiras à noite às vezes têm destas coisas (principalmente quando se é uma desocupada como eu!)...

Dez da noite com o namorado no café do costume com os amigos do costume. O que é que vamos fazer hoje? E de repente uns têm de estudar para os exames, um tem de acordar cedo para trabalhar e a outra tem uma pintarolas acordada em casa. E ficamos os dois: que tal ir ao cinema? Original, hemm?!?

Só que as terças-feiras têm destas coisas: já passaram 5 dias desde as últimas estreias e faltam dois para as próximas, o que habitualmente quer dizer que os "must-see" já vimos.

Serve esta introdução para "justificar" o facto de ontem ter ido ver uma comédia, género cinematográfico que não me fascina muito (salvo raras excepções). Talvez seja por isso (ou seja, por estar livre de qualquer tipo de expectativas) que até achei piada ao filme e que, generosamente lhe estou a disposta a dar, e lembrem-se: sempre tendo em conta o género, a fantástica pontuação de 3,5 estrelas (estou mesmo uma mãos-largas).

Mas vamos ao filme propriamente dito: Fun with Dick and Jane aparece-nos como uma quase estreia de Dean Parisot como realizador no grande ecrã (a sua carreira tem sido quase exclusivamente dedicada a séries televisivas como ER e Monk (conhecem esta última? se não, apressem-se que é brilhante)) e isso, na minha opinião, nota-se um pouco através do ligeiro registo de "episódio de série" deste filme. Há abertura para uma sequela.

A história (leia-se estória, mas não me apetece aturar estas particularidades sintático-semânticas da Língua Portuguesa), embora não extraordinariamente original, está bem construída e flúi sem grande esforço nem grandes imprevisibilidades. Temos Dick (Jim Carrey) e Jane (a queridíssima Téa Leoni), um típico casal americano dos subúrbios com um filho, um cão, uma empregada, uma vida normal e empregos normais. Até que um dia parece que a sorte grande lhes bate à porta: Dick é promovido a vice-presidente da empresa onde trabalha... O "normal" deixa de servir e o estilo de vida deste casal encarece significativamente. Os problemas começam quando num escândalo (tipo o da Enron, lembram-se?) perdem tudo. Dá-se então o nascimento de uma divertida dupla de criminosos trapalhões e ... surpresa das surpresas ... no fim do filme, o bem vence o mal. Tcharam :)

Enfim, é leve e previsível mas cumpre os objectivos: faz rir!

Mais uma vez: alguns comentários/críticas/opiniões?


P.S.: Hoje tive de levar o Ruca de urgência, está cheio de tosse e de manhã parecia que ia sufocar. Tadinho!! Está com Tosse do canil, ou seja uma virose que lhe provocou uma laringite fortíssima, uma infecção urinária e febre. Tadinho do meu bicho, está tão murchinho
:(



P.S.: Tive 4.35 (numa escala de 1-5) no curso de Formação Pedagógica de Formadores. Se nem numa coisa tão acessível como esta consigo a nota máxima, será que alguma vez atingirei a excelência nalguma área??? :(

terça-feira, janeiro 10, 2006

Green Street Hooligans - Os Rebeldes do Bairro


Este novo filme da realizadora alemã Lexi Alexander (alguém conhece mais algum?) foi a minha última desilusão cinematográfica. Bem, na verdade não foi bem uma desilusão (as expectativas nem eram muito altas), foi mais uma espécie de total desperdício do dinheiro do bilhete (mesmo com desconto do cartão jovem).

Até admito: o filme nem está mal feito e prende a atenção. E então? E então que uma tourada também pode (será?) ser bem conseguida e até prender a atenção e nem morta eu punha os pés numa (pagando ou não...).

É que este filme não passa de um elogio disparatado e violento à demência de uns supostos adeptos de futebol que mais não são do que jovens doentes e frustrados que pensam que a coragem e a honra está na força de um soco. Acho que este filme é perigoso e parece-me completamente absurda a classificação para maiores de 12 (pelo menos no UCI do El Corte Ingles).

Os criticos do costume (alguém sabe que qualificações têm estes senhores que escrevem para os jornais e são pagos por isso?) elogiam alegremente a visão de normalidade que o filme dá da vida dos hooligans, mostrando o seu lado "saudável", com familias, emprego e amigos.

O personagem principal, Matt Buckner, é encarnado pelo nosso querido hobbit Elijah Wood. Matt um quase finalista de jornalismo em Harvard é injustamente expulso a dois meses do diploma e viaja para Londres onde vive a irmã. E então temos a história do patinho feio, versão hardcore: o rapaz timido e com medo de tudo e de todos transforma-se num herói corajoso; e tudo por causa do companheirismo e solidariedade do novo grupo de amigos que, só por acaso, são hooligans do West Ham United e vivem para espancar e serem espancados por outros iguais a eles.

Enfim, na minha opinião vale apenas uma estrela (só porque as cenas de violência me pareceram tecnicamente bem feitas) o que não justifica de forma nenhuma uma ida ao cinema.

Mais alguém viu este filme? Deêm-me as vossas opiniões...

Mudei o template...

Tendo em conta que o primeiro comentário que recebi na página foi uma queixa relativa à cor, decidi mudar o template (para quem não o viu antes, estava bordeaux e fucshia - tradução para homens: cor-de-rosa escuro e cor-de-rosa mais claro!).

Está melhor assim, senhor Ricardo?

E já agora para quem ainda não conhece, aqui vai uma foto da minha menina:

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Justificando-me...

Mas se eu já falo pelos cotovelos e passo a vida a resmungar de tudo com todos os que me rodeiam, por que carga de água é que me deu para me iniciar neste mundo dos blogs???

Quem me conhece, conhece bem as minhas "paixões". Para quem não me conhece assim tão bem, aqui vão: cinema, musica, livros, ambiente, IGUANAS, O MEU GLORIOSO, política e viagens.

Mas a verdade é que não tenho assim tanta coisa interessante para dizer, nem ideias brilhantes, nem uma criatividade fabulosa, nem sequer tão pouco o dom da escrita...Então porquê?

Por vocês meus amigos! Porque, apesar de tudo, ainda tenho a esperança que esta forma de desabafo virtual possa vir a poupar a vossa paciência, evitando que me aturem algumas das neuras ao vivo.

Cheios de sorte!!!