segunda-feira, maio 26, 2008

Quem diria...

... que alguém que como eu está no meio televisivo podia ser tão facilmente manipulada por uma reportagem na caixinha mágica??


Não é que - e sim, tenho vergonha, mas o primeiro passo para a cura é admitir o problema - me pus a ver uma reportagem sobre o ex-portista Pepe e achei-lhe imensa graça? Surreal, agora já não o posso ofender sem pensar nas covinhas que faz nas bochechas quando diz "'Tas a ver?".


E eu que convivia tão feliz com a noção de besta quadrada que tinha dele. O melhor é não ver mais estas reportagens, senão qualquer dia ainda estou comovida com o penteado parvo do Miguel Veloso....Arrrggghhh


(e prometo já que esta foi a última vez que uma foto deste equipamento entrou no meu blog... Até me doi!)

segunda-feira, maio 19, 2008

Ex.mos americanos....

... se me permitem uma sugestão vinda directamente deste cantinho da europa...

Era este senhor que eu escolhia!

YES WE CAN - WILL.I.AM

It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation.

Yes we can.

It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom.

Yes we can. Yes we can.

It was sung by immigrants as they struck out from distant shores and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness.

Yes we can. Yes we can.

It was the call of workers who organized; women who reached for the ballots; a President who chose the moon as our new frontier; and a King who took us to the mountain-top and pointed the way to the Promised Land.

Yes we can to justice and equality.

(yes we can, yes we can, yes we can, yes we can...)

Yes we can to opportunity and prosperity.

Yes we can to opportunity and prosperity.

Yes we can heal this nation.

Yes we can repair this world.

Yes we can.

Si Se Puede (yes we can, yes we can, yes we can, yes we can...)


We know the battle ahead will be long, but always remember that no matter what obstacles stand in our way, nothing can stand in the way of the power of millions of voices calling for change.

We want change!(We want change! We want change! We want change...)


We have been told we cannot do this by a chorus of cynics who will only grow louder and more dissonant.

We've been asked to pause for a reality check.

We've been warned against offering the people of this nation false hope.

But in the unlikely story that is America, there has never been anything false about hope.

We want change! (We want change! I want change! We want change! I want change...)


The hopes of the little girl who goes to a crumbling school in Dillon are the same as the dreams of the boy who learns on the streets of LA;we will remember that there is something happening in America; that we are not as divided as our politics suggests; that we are one people; we are one nation; and together, we will begin the next great chapter in America's story with three words that will ring from coast to coast; from sea to shining sea

Yes. We. Can.(yes we can, yes we can, yes we can, yes we can, yes we can, yes we can, yes we can, yes we can...)

quarta-feira, maio 14, 2008

"Época triste a nossa, mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito!" (Albert Einstein)


No dia em que o senhor Mário Machado - líder de um pseudo-grupo chamado Hammerskin e racista armado confesso - fosse retirado de prisão preventiva com mais 10 quilos do que entrou "por causa da comidinha que a mãe lhe levava todos os dias" e comparecesse no Tribunal de Monsanto abraçado a namorada oxigenada e de pólo de marca como quem passeia alegremente no seu universo monocromático imaginário, eu acharia que este mundo estaria de pernas para o ar!


Aconteceu hoje! E esta, heim?


(nota da autora: para quem não saiba os Hammerskin são um grupo de betinhos armados em neo-nazis (seja lá o que isso for!), conhecidos e orgulhosos das suas diversas ameaças e agressões (aliás, o grupo só integra elementos que tenham passado por um "baptismo" de actos violentos) e o senhor Mário Machado é o rosto mais visível deste grupo e foi condenado a quatro anos e três meses de prisão no processo do homicídio de Alcindo Monteiro em 1995, e desde então acusado por sequestro, extorsão, ameaças e posse ilegal de armas. )

segunda-feira, maio 12, 2008

Um fim de semana de riso e lágrimas....


Podia falar-vos do meu fim de semana. Podia dizer-vos como foi bom estar com a A., matar saudades e sentir que aliviei um pouco a tensão da altura difícil que está a passar. Podia contar-vos como já há muito tempo que não tinha uma noite louca como a de sábado, que só terminou já passava do meio-dia de domingo depois de muitas minis que se seguiram a muitos bacardis que se seguiram a muitas caipiroskas. Podia dizer como foi bom conversar de tudo (até de trabalho) e de nada (com muitas confissões inconfessáveis à mistura!) e como foi bom conhecer pessoas novas que conseguiram o impossível de tornar ainda mais inesquecível a noite fantástica que estavamos a ter (um agradecimento especial ao primos, eheh). Podia contar-vos como vou estar a semana toda a recuperar destas maluqueiras.


Podia contar-vos tudo isto mas há momentos que terão de ficar no "segredo dos deuses" e outros que só pertencem a quem lá estava. E depois há aquele outro momento, aquele que corri para Lisboa para assistir e chorar. Aquele que lamento não ter estado lá para aplaudir de pé ao vivo (mas era um fim de semana de outras prioridades).
O Adeus do Maestro. O adeus do meu jogador preferido de sempre. O meu "irmão benfiquista" tapou os ouvidos a todas as súplicas e pendurou as chuteiras.


O Rui Costa é mais que um bom jogador, é um simbolo. Um simbolo de amor e dedicação ao seu clube de sempre. Sempre foi diferente e essa luz conquistou todos os que ao longo dos anos tiveram o prazer de o ver jogar. Idolo em Itália, voltou para o "meio da sua gente", como o próprio disse. E até ao fim mantive acesa a esperaça de o ouvir aceitar ficar mais um ano mas o Rui sempre foi assim: determinado. E com a mesma determinação com que sempre jogou disse adeus aos relvados...e no pior ano do Benfica que me consigo lembrar, a última razão para o cartão vermelho que guardo na carteira já não existe. E para o ano acho que deixarei de fazer parte dos 160 000 que pagam as cotas.


Adeus Maestro!


sábado, maio 03, 2008

O meu primeiro passo para um Nobel

Quando muitos de vocês já se questionavam sobre a minha sanidade mental, eis que venho tentar provar-vos que ainda estou aí para as curvas (intelectualmente falando...)

Tenho vindo desde há uns tempos a desenvolver um teorema que gostaria de partilhar neste blog. Até porque nisto de teorias e invenções é preciso ter muito cuidado não vá um qualquer aproveitador lembrar-se de usurpar este brilhante raciocínio que estou certa virá a revolucionar a forma como muito boa gente encara a realidade (olhem para o exemplo do sacana do Bell que ficou para a história como o inventor do telefone, deixando o desgraçado do Meucci no perfeito desconhecimento).

Esta teoria, totalmente estudada e já em fase avançada de comprovação empírica, conta já com alguns apoiantes, sendo a mais entusiástica a A que, pelo que sei, tem tentado com pouco êxito disseminá-la por terras do Lis. Espero que a exposição científica venha agora dar-lhe mais credibilidade!

A minha teoria, que denominei "Teoria da Qualidade Circular" determina que o grau de qualidade de algo pode ser representado por uma circunferência, pelo que, esse algo pode atingir um tal nível de má qualidade que dá a volta e se torna muito bom.

Confusos? Talvez seja melhor dar-vos alguns exemplos.

Primeiro um conceito que a todos é familiar e que encaixa perfeitamente nesta minha teoria. A noção de kitsch que mais não é do que algo que de tão piroso, chega a ser fashion. Um cadillac cor de rosa, um galo de barcelos gigante ou uma colcha de patchwork são bons exemplos.

Ainda pouco convencidos?

Pois eu aposto que vos consigo converter com o melhor, o mais extraordinário videoclip de sempre. Aquele que guardo carinhosamente no meu coração como a minha inspiração primordial para esta teoria brilhante.

Vejam e comovam-se:



Se na verdade este podia ser apenas um terrível exemplo da falta de noção do ridículo do ex-Mitch Buchanon/Michael Knight, há pormenores que o tornam absolutamente delicioso (há grandes momentos mas é impossível resistir às crianças voadoras, ao ET e acima de tudo ao David a apanhar um salmão com a boca). Assim, algo muito muito mau torna-se muito muito bom.

Os mais cépticos argumentarão: "Ah pois é, mas a qualidade pode ser muito subjectiva, depende do gosto de cada um e eu até conheço uma pessoa que gosta dos livros da Margarida Rebelo Pinto". Eu respondo, primeiro alguém que tem amigos que gastam dinheiro em livros da MRP, não tem qualquer tipo de credibilidade e depois, meus amigos, a noção de circularidade implica que não há um ponto de início, logo cada um determina onde começa a qualidade... Perceberam? (está tudo pensado!)

Espero que se sintam culturalmente mais elevados e aos espertinhos aviso que já comprei os formulários da patente.

sexta-feira, maio 02, 2008

Moi même...uma palhaça ao vosso dispôr...

Eu sou uma espécie de iman humano para situações surreais e embarassantes. Até certo ponto já estou habituada mas as últimas 24 horas têm-se revelado particularmente recheadas de situações improváveis e figuras tristes.

Estava convencida que este ano já tinha cumprido com todas as obrigações de uma boa portuguesa: fado, fátima e futebol. Faltava uma ... a "fantástica" revista à portuguesa! E ontem lá fui (arrastada e porque sou uma alma caridosa) acompanhar a A a este belo espectáculo galhofeiro (convém assinalar que a nossa presença de deveu estritamente a necessidades profissionais).

É mesmo um mundo aparte no qual me sinto um verdadeiro ET acabadinho de aterrar... Não consigo atingir as graçolas, não vibro com os momentos "dramáticos" e acima de tudo fico abismada com o fenómeno de histeria colectiva (e não estou a exagerar) que se cria; é ver gente de lenço na mão para limpar as lágrimas que correm de tanto rir, são as gargalhadas sonoras em momentos em que nem sequer me apercebi que tivesse dito uma piada. Enfim, é sem dúvida um tipo de entretenimento que me ultrapassa grandemente.

Mas aconteceu algo durante o espectáculo que passou todas as expectativas de surrealidade (e não A, não me estou a referir ao "bebé" lindo no poço da orquestra...que olhar...enfim!!), resumindo foi assim, estavamos nós muito comportadinhas da frisa (mesmo em cima do palco e do poço da orquestra onde estava um "bebé" lindo...mas acho que já tinha dito) quando, já sem mais capacidade de concentração para os acontecimentos em palco - só o primeiro acto foram quase duas horas - decidi mandar umas mensagens com o telelé. Tudo muito bem, achei eu, o parapeito da frisa tapava-me quase até ao pescoço e com o respectivo aparelho no colo estava bastante discreta... eis senão quando o João Baião em pleno sketch pára e diz: "recomeçamos quando a menina da frisa largar o telemóvel". Gargalhada geral! E eu encavacadíssima, claro!

Como se não bastasse a primeira vergonha da noite, decidi a caminho de casa parar naquela bomba de gasolina mesmo à entrada do viaduto Duarte Pacheco (local bem frequentado à 1 da manhã, como imaginam). Bomba em pré-pagamento, caminho até à caixa repleto de jeitosos que só faltava tirarem bocados com os olhos (mas com tão mau aspecto que nem dava para aumentar o ego!) e eu lá vou pagar. Volto ao carro, ponho a mangueira e nada...esbracejo...nada...vou lá, atravessando novamente a selva de predadores, e reclamo com o homem...volto ao carro...ponho a mangueira e nada...furiosa esbracejo freneticamente acompanhando com uns gritos revoltados com tamanha incompetência. Até que, no microfone se ouve: "MENINA DA BOMBA 11, A MANGUEIRA CERTA É A PRIMEIRA À DIREITA"....



Moral da estória: as minhas figuras de urso têm mais piada do que a revista à portuguesa, pelo menos a ver pelas gargalhadas da parva da A, todo o caminho até casa....