segunda-feira, janeiro 16, 2006

Kiss Kiss Bang Bang


Senhoras e senhores, meninos e meninas, tenho a honra de comentar, pela primeira vez neste blog, um filme que realmente "me encheu as medidas".

É verdade, confesso que estava a começar a ficar ligeiramente frustrada com o facto de ainda não ter tido a hipótese de fazer uma crítica a um filme que posso, sem qualquer tipo de reservas, recomendar vivamente.

Falo de Kiss Kiss Bang Bang, a minha última experiência cinematográfica como espectadora e primeira, como realizador, de Shane Black. E se julgam que não conhecem este senhor, estão redondamente enganados (ou assim eu julgo!). Quem não se lembra de filmes como O Último grande Herói (na minha opinião o melhor filme do actual governador da Califórnia), A Fúria do Último Escuteiro, RobotCop, Melhor é Impossivel e os fabulosos Arma Mortífera? Pois é, meus amigos, apesar de caloiro nas lides da realização, este senhor já é muito rodado como argumentista, actor e produtor (falando nisso, neste Kiss Kiss Bang Bang, Black é também argumentista).

Em primeiro lugar um aviso à navegação: este filme é completamente louco, imprevisivel e surreal. Para os mais "arrumadinhos" devo também avisar que é completamente impossível coloca-lo numa qualquer prateleira de género, ficando a pairar entre o policial, a comédia, a acção, o mistério e até, nalguns momentos, o thriller. Por último, e esperando sinceramente não estar a incluir nenhum dos meus estimados leitores nesta categoria, devo também prevenir os mais homofóbicos (ou as meninas mais histéricas pelo Val Kilmer :P) que se assiste a um beijo "à la Casablanca" entre o Robert Downey Jr. e o antigo Santo.

Os ingredientes são surpreendentemente banais: Harry Lockhart (Robert Downey Jr.), um ladrãozeco mal sucedido e azarado que, por acidente, se torna actor; Gay Perry(Val Kimer), um detective durão e....muito gay; e Harmony Faith Lane (a quase desconhecida Michelle Monaghan) , uma rapariga bonita que fugiu da terra natal, onde era abusada, para LA em busca do sonho, ainda não atingido, de se tornar actriz.

O argumento mistura tiros, maus muito maus, bons menos bons, amor, perseguições, dois crimes misteriosos e tudo o mais que constitui os livros políciais de segunda categoria.

Interessados até agora? Imagino que não :) Pois, mas é precisamente a partir da banalidade dos elementos que se conseguiu obter um filme surpreendente, recheado de pequenos pormenores hilariantes e que, de forma primorosa, desconstrói a pretenciosidade dos estúdios hollywoodescos.

É o regresso de Robert Downey Jr., um actor que gosto imenso (ainda se lembram dele em Ally McBeal?) a um filme à sua medida (para além de uma representação notável, está hilariante como tentativa de narrador) e a prova de que Val Kilmer é mais do que um antigo menino-bonito que envelheceu e engordou.

Dou 4,5 estrelas e recomendo vivamente. Às vezes vale mesmo a pena ir ao cinema :)

Não se esqueçam que fico à espera das vossas opiniões.

2 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Hello coia feia :P

Já vi o comentário que fizeste à minha pessoa embora eu não seja uma pessoa histérica mas sim com bom gosto. He he!

Mas sim, realmente é um filme q eu quero ir ver (sabe-se lá porquê...).

Aproveito também p dizer que o teu blog está mto giro! Ia só fazer uma referência menos positiva ao vermelho dalguns posts ;) mas dada a minha entidade empreendedora de momento não seria mto apropriado... n é?! (mas já fica a deixa)

Beijinhos