quarta-feira, janeiro 09, 2008

Clichés, amizades e outras que tal

Ontem em conversa com um amigo de uma amiga saiu-me o seguinte cliché "eu sou daquelas pessoas que nunca teve um grande grupo de amigos, são poucos mas bons".

Não sei porquê mas fiquei a pensar nisso. É verdade que nunca fui uma pessoa de relacionamentos muito fáceis, principalmente porque eram raras as ocasiões em que alguém simpatizava comigo à primeira,ou à segunda ,ou à terceira... E agora, olhando para as pessoas que me rodeiam, são relativamente poucos os meus amigos que me acompanham há anos.

Vejo que algumas pessoas mantêm contactos próximos com muitos daqueles que também conheci durante muito tempo (colegas de escola, escuteiros, etc) e marcam cafés e jantares e encontros... Não faço parte desse grupo e se calhar devia ter pena...mas não sei se tenho. De facto há muitas pessoas que gosto de reencontrar mas acho que não me deixar aproximar o suficiente delas durante os anos que convivemos para me sentir muito ligada ou para sentir saudades.

Recentemente a minha atitude mudou. Fiquei mais aberta a novas relações, deixo as pessoas entrar mais facilmente na minha vida e aprendi a dar-me a oportunidade de gostar delas. Como resultado conheci nos últimos dois anos pessoas que rapidamente passaram à categoria de amigos. Acho que posso dizer que os meus amigos estão divididos 50-50 entre pessoas que conheci recentemente e as outras que fui acumulando nos primeiros 24 anos de vida.

Teoricamente esta atitude tem tudo para ser melhor mas também tem os seus lados menos bons. Correndo o risco de parecer antisocial dou por mim a pensar que, quanto menos pessoas guardarmos "cá dentro" menores são as hipóteses de nos deixarem ficar mal. Parece-me mais seguro apostar naquelas pessoas que vimos crescer e conhecemos muito muito bem porque há menos hipótese de nos desiludirem (embora quando isso acontece - porque às vezes acontece - custa ainda mais)

Ou seja, não consigo descobrir se a minha atitude mais simpática e aberta me traz vantagens a longo prazo ou não. O que é que pensam?

4 comentários:

Anónimo disse...

Olhe, eu sou radicalmente contra essa teoria de proporcionalidade directa que a Sra. D. Iguana avançou: quanto menor o tempo de relacionamento com as pessoas, maior a possibilidade de nos deixarem ficar mal.
Lamento mas não posso concordar! E olhe que eu sou totalmente imparcial!
Beijos!!!

Raquel disse...

Há excepções, é claro darling!
Mas não concordas que se já tiveres assistido a várias fases de uma pessoa estás mais preparada para o que essa pessoa possa fazer?

Bjos

Anónimo disse...

Sim claro!
Por isso, por conhecermos bem as pessoas, é que às vezes fazemos daquelas escolhas meio inconscientes de nos desligarmos delas quando, por alguma razão, nos afastamos delas geograficamente. Porque já sabemos o que temos...

Unknown disse...

Eu voto nas vantagens e mais dos 24 aos 84 ainda as pessoas que já conheces bem vão ter muitas fases;)