terça-feira, janeiro 13, 2009

Jackpot!



No Domingo à noite fui arrancada do quentinho do sofá e do vapor perfumado de uma chávena de chá verde e limão para ir ao Casino jogar um poker (daqueles de máquina, que não me arrisco a confrontar a minha nabice com os profissionais do vício numa mesa a sério!).


Acho alguma graça ir de vez em quando ao casino, mesmo quando o Cid não vai lá tocar. É assim uma espécie de universo paralelo, onde o desespero monetário disfarçado de alguns se mistura com a naturalidade milionária de quem troca 800 euros em fichas (eu vi!) para entreter a beldade loira que tem pendurada no braço. Mas sempre com nível!


É assim uma espécie de faz-de-conta, onde todos parecem chiques, educados, divertidos, com aquele ar de quem foi ali passar umas horitas mas também podia estar noutro lado qualquer que lhe era indiferente. E para alguns é. Mas também há aqueles que, atrás de uma máscara demasiado transparente, tentam esconder um vício terrível, que lhes dá cabo na vida familiar e profissional. Os que, mesmo que racionais para tudo o resto, alinham em loucuras supersticiosas e todas as tardes fazem fila à espera que a porta giratória dê a primeira volta para correrem para "aquela" máquina, "aquela" mesa, onde um dia vão finalmente recuperar a fortuna que já perderam, os carros que venderam por ninharias em dinheiro vivo, a jóia da tetravó, a conta poupança do filho... Eu sei que estas coisas acontecem, sentem-se a pairar no ar ilumidado e barulhento, ainda que não as veja.


E isto já não tem graça e nunca percebi como é que alguém se deixa prender numa "teia" tão óbvia.



P.S.: No Domingo ganhei 100 euros na máquina. Podia ter ganho mais se tivesse dobrado ou podia ter perdido tudo. Só 100 euros e dois dias depois ainda penso que devia ter arriscado. Acho que finalmente percebi a tentação...

1 comentário:

Anónimo disse...

Sugestão: pegavas nos 100 euros e vinhas convidar para uma mariscada aqui na província. Prometo que terias 3 prazeres.

-A mariscada;
-Ainda saías com bastante dinheiro;
-A minha companhia.

A próxima vez, liga-me a perguntar o que fazer.