quarta-feira, fevereiro 01, 2006
The Libertine - O Libertino
Este filme tem um nome : Johnny Depp!! E foi para mim o último argumento que eu precisava para o considerar um dos melhores actores da sua geração e provavelmente o mais polifacetado de todos. Com um inicio de carreira pouco convincente para mim, com filmes como os Pesadelos em Elm Street e Eduardo Mãos de Tesoura, este americano de 43 anos de idade está na melhor fase da sua carreira (pelo menos até agora) com papeis tão brilhantes como o Roux de Chocolate (2000), Captain Jack Sparrow em Os Piratas das Caraibas (2003), Mort Rainey em A Janela Secreta (2004), Sir James Matthew Barrie em À Procura da Terra do Nunca (2004), Willy Wonka em Charlie e a Fábrica de Chocolate (2005) e finalmente este avassalador John Wilmot Conde de Rochester em O Libertino.
Aviso desde já que o filme é negro e pesado (não propriamente uma boa escolha para um fim de noite alegre e relaxado), não só devido à linguagem, no minimo crua, que é utilizada, como também pela própria realização, também ela sombria.
Laurence Dunmore, o realizador, conduz-nos habilmente pela sociedade devassa e repleta de excessos do sec. XVII em Inglaterra, na qual o Conde de Rochester é o ícon máximo de um estilo de vida que não só não resistia aos prazeres do álcool e do sexo, como faz da sua busca a razão da sua existência. O Conde, amigo de familia do rei Carlos II (John Malkovich), é um reconhecido poeta da época que usa o seu talento com o objectivo de chocar e ultrajar a corte. Vivendo a sua vida no limite, o Conde inadvertidamente apaixona-se por uma vulgar actriz e o seu consequente declino será o que o marcará para sempre na história britanica.
Inesqueciveis são o prólogo e a conclusão, nos quais, falando directamente para o público, Depp tem dois monólogos brilhantes. É para mim inacreditável que este actor não tenha sido nomeado para os óscars (ver próximo post)...
Assim, e principalmente pela interpretação de Depp, dou a este filme 4 estrelas.
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